SCFI x SCD: quais as diferenças entre essas instituições?

A SCFI e a SCD são duas instituições financeiras reguladas pelo Banco Central (BC). Descubra como elas funcionam e qual é a estrutura mais adequada para financiar suas operações de crédito!

imagem SCFI x SCD: quais as diferenças entre essas instituições?

O mercado financeiro é composto por diversas siglas, como é o caso da Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento (SCFI) e a Sociedade de Crédito Direto (SCD).

Cada uma dessas siglas corresponde às empresas responsáveis por gerar crédito, e que fazem parte do Sistema Financeiro Nacional (SNF).

Essas fintechs reguladas são autorizadas a operar pelo Banco Central (BC), e se destacam por oferecerem soluções de crédito de forma digital e escalável.

Consequentemente, ambas as empresas possuem uma importante relevância no cenário da descentralização do crédito e na atuação de empresas não financeiras no mercado de crédito.

Apenas a título de curiosidade, o porcentual de volume de crédito concedido pelas fintechs no Brasil, em 2023, foi de 52%, alcançando R$ 21,1 bilhões, segundo um estudo realizado pela PwC e pela Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD).

Esse panorama ajuda a explicar um pouco do porquê essas empresas têm sido uma peça chave no processo de bancarização por parte das organizações não financeiras.

Entretanto, apesar de parecerem similares por lidarem com concessão de crédito e estruturação de operações financeiras, a SCFI e a SCD possuem diferenças importantes entre si.

Afinal, as suas respectivas funções, modelos de negócio, fontes de receita e estruturas regulatórias são muito particulares.

Neste artigo, explicamos em detalhes o que diferencia essas duas siglas e como elas atuam no ecossistema financeiro.

Assim, você terá condições de escolher a melhor estrutura para o seu modelo de bancarização empresarial. Siga a leitura conosco até o fim e acompanhe!

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O que é uma SCFI?

Primeiramente, antes de entendermos quais são essas diferenças, é importante que você conheça melhor o que é uma SCFI.

Conforme mencionamos anteriormente, ela é a sigla para Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento.

Na prática, ela é uma instituição financeira regulamentada pelo BC, e destinada a realizar exclusivamente operações de empréstimo, financiamento e soluções de investimento a curto, médio ou longo prazo.

Ou seja, essa financeira, nada mais é do que uma instituição privada autorizada a fornecer crédito para aquisição de bens e serviços e capital de giro.

Isso ocorre por meio de uma plataforma eletrônica, capaz de conectar diretamente os investidores, que podem ser pessoas físicas ou jurídicas, aos tomadores de crédito.

Além disso, é importante ressaltar, que muitas SCFIs não são ligadas a bancos, pois elas operam como braço financeiro de empresas que não tem origem no mercado financeiro.

É o caso, por exemplo, de alguns varejistas, indústrias e montadoras de veículos que mantêm suas próprias financeiras, com o objetivo de financiar seus produtos e serviços para seus respectivos ecossistemas.

Ademais, a Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento também pode atuar em nichos que, normalmente, não são atendidos pelos grandes bancos.

Isso é possível principalmente nos empréstimos que possuem características mais específicas, como riscos mais elevados ou financiamento de veículos usados.

Embora a popularidade das SCFIs tenha crescido nos últimos anos, o Banco Central criou essas instituições no dia 30 de novembro de 1959.

Na ocasião, isso ocorreu por meio da Portaria nº 309/59 constituída pelo Ministério da Fazendo, em uma época na qual muitos segmentos da economia do Brasil estavam crescendo.

Como funciona uma SCFI?

Como mencionamos no item acima, a SCFI funciona como uma instituição financeira não bancária e autorizada pelo BC.

A empresa deve adotar o modelo de Sociedade Anônima (S/A) e registrar a razão social como “Crédito, Financiamento e Investimento”.

Quando falamos especificamente do varejo, o principal objetivo da atuação dessa empresa, é financiar o consumo e impulsionar as vendas.

Isso ocorre, pois ela oferece crédito de forma direta aos clientes e consumidores no momento em que eles forem fazer uma compra.

Ou seja, essa instituição pode conceder empréstimos ou adquirir direitos creditórios ligados a qualquer tipo de operação de crédito.

Devido a essa particularidade, a Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento pode captar recursos públicos, mas de forma limitada e específica, conforme veremos em itens seguintes.

Além disso, a SCFI pode atuar tanto de forma digital, quanto presencialmente. No caso das plataformas eletrônicas, é possível integrar tecnologias de análise de crédito, Know Your Customer (KYC) e cobrança digital, bem como atuar em parceria com originadores de crédito, responsáveis por indicar os tomadores finais.

Quer um exemplo? Imagine uma grande rede varejista financiando as compras do seu ecossistema. Neste caso, a loja pode firmar parceria como uma SCFI para oferecer crédito CDC aos seus clientes e consumidores.

Case Magalu

 

Como é classificada uma SCFI?

De modo geral, as Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento podem ser agrupadas em quatro categorias distintas.

Neste caso, elas podem ser independentes, ligadas a ecossistemas financeiros, com ligação a grupos do setor industrial, ou relacionadas a estabelecimentos comerciais.

Além disso, as classificações também são feitas de acordo com a natureza jurídica, área de atuação e forma de captação de recursos utilizada pela instituição.

Neste sentido, as principais formas de classificação das SCFIs são:

Tipo de operação autorizada

Em suma, a Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento pode operar em duas frentes complementares.

A primeira delas é a concessão direta de crédito com recursos próprios para o financiamento de projetos de infraestrutura.

Porém, esse financiamento também pode ocorrer por meio do aporte de recursos em Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC).

Forma de captação de recursos

Uma SCFI também é classificada de acordo com os meios utilizados para o financiamento das suas operações.

Isso pode ocorrer por meio do capital próprio dos acionistas ou investidores fundadores; ou pela emissão de instrumentos como debêntures e notas comerciais.

Além disso, essa captação também pode ser feita no mercado de capitais, por meio da emissão de Letras de Câmbio (LCs), conforme veremos adiante.

Setor de infraestrutura atendida

Apesar do BC não ter uma “classificação oficial” por setor, as SCFIs costumam ser informalmente identificadas de acordo com a sua especialização.

Ou seja, essa classificação ocorre por meio do seu segmento específico, como varejo, energia renovável, transportes e logística, saneamento básico, mobilidade urbana e telecomunicações, entre outros.

De modo geral, essa especialização é importante para os investidores, pois ela ajuda a indicar o grau de conhecimento técnico que a instituição possui e o perfil de risco das operações originadas.

Pelo porte

Por fim, as Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento também podem ser classificadas segundo o seu porte.

Essa classificação já ocorre com outras instituições que são supervisionadas pelo BC, e leva em consideração o volume de operações e o nível de exigências regulatórias.

Neste sentido, uma SCFI de pequeno porte pode ter um modelo de supervisão mais simplificado e com operações limitadas.

Por outro lado, uma instituição de grande porte, que opera um maior volume de crédito concedido e tem uma estrutura mais robusta, é fiscalizada pelo BC de forma mais rigorosa.

Embora o objetivo principal da classificação de uma SCFI seja seu modelo operacional e razão social, essas categorias são importantes para entender o impacto que essa instituição financeira tem no mercado de crédito.

Como uma SCFI capta recursos?

Nós citamos sobre isso anteriormente, mas como essa é uma dúvida muito comum no mercado financeiro, é justo explicarmos melhor sobre ela em tópico à parte.

Uma SCFI pode captar recursos públicos, mas de forma limitada e específica, diferentemente dos bancos tradicionais, que conseguem captar recursos via depósitos à vista e a prazo.

Isso significa que a sua captação de recursos acontece de forma exclusiva por meios privados e estruturados, via securitização no mercado de capitais.

Neste sentido, as principais formas de captação de recursos são as seguintes:

Capital próprio

Essa é a principal fonte de recursos quando uma Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento é estruturada.

Nas suas fases iniciais, o montante é proveniente do capital próprio dos sócios ou investidores institucionais do mercado de capitais.

O capital é usado para que a instituição financeira faça seus primeiros financiamentos e forme uma carteira de crédito.

Posteriormente, essa carteira poderá ser a base de outras operações maiores.

Letras de Câmbio

As Letras de Câmbio (LCs) são um instrumento financeiro regulado pelo BC, e que funcionam como um título de dívida privada.

Essa emissão funciona da seguinte maneira: a SCFI realiza a emissão da LC no mercado, geralmente com o apoio de uma distribuidora de valores mobiliários. A LC representa uma promessa de pagamento ao investidor de um determinado valor, acrescido de juros, em uma data futura.

Então, a Letra de Câmbio é oferecida aos investidores de renda fixa, já com uma rentabilidade definida, que pode ser prefixada, pós-fixada ou híbrida.

O investidor que adquire esse título de crédito entrega o dinheiro a SCFI, que por sua vez, se compromete a devolver esse valor acrescido de juros no vencimento do título.

No contexto do varejo, a SCFI pode utilizar esses recursos para financiar operações de crediário e crédito CDC, ou então reforçar seu capital de giro.

Além de ser um título de ampla aceitação, e bastante conhecido no mercado de renda fixa, a LC possui um custo mais atrativo do que outras formas de captação no mercado.

Isso torna possível a organização de prazos de captação de acordo com o planejamento financeiro do varejista.

Debêntures

A captação de recursos em uma SCFI também pode ocorrer por meio da emissão de debêntures.

As debêntures são títulos de dívida de médio a longo prazo, geralmente acima de 1 ano, que são emitidos por empresas para captação de recursos junto a investidores no mercado secundário.

De modo geral, as debêntures possuem semelhanças com títulos públicos negociados no Tesouro Direto, como o Certificado de Depósito Bancário (CDB).

Entretanto, ao invés de financiar o governo, quem compra uma debênture está emprestando dinheiro para uma empresa rodar um novo projeto.

Neste caso, as debêntures são valores mobiliários correspondentes a uma dívida de médio ou longo prazo da companhia.

Consequentemente, quem compra esse título assegura o direito de crédito, que deverá ser pago pela empresa que emitiu a debênture.

Por sua vez, a SCFI pode utilizar esses recursos captados por meio das debêntures para o financiamento de projetos previamente definidos.

Além disso, é importante ressaltar, que esses títulos possuem isenção de Imposto de Renda (IR) para pessoas físicas.

Graças a essa particularidade, ela atrai o interesse de investidores que buscam ativos de crédito privado que tenham incentivos fiscais.

Nota comercial

Diferentemente das debêntures, a nota comercial é um título de dívida de curto prazo, com duração de até 360 dias.

Por meio dela, o emissor consegue fazer o pagamento ao investidor, que é responsável por realizar o aporte do capital.

Em suma, empresas não financeiras podem usar esse título de crédito privado para captar recursos junto a investidores no mercado secundário.

Na prática, a nota comercial corresponde a uma promessa de pagamento, destinada ao financiamento do capital de giro ou outras atividades operacionais.

Além disso, esse título de crédito pode ser emitido por S/As, como é o caso das SCFIs. Assim, é possível fazer uma operação mais simples e com menos exigências regulatórias que as feitas por meio das debêntures.

Porém, é importante salientar, que as notas comerciais não possuem isenção do IR, ao contrário do que ocorre com as debêntures.

Veículos de securitização

Uma Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento também pode vender seus recebíveis para veículos de securitização, como FIDC ou Securitizadora.

Assim como ocorre com outras operações de securitização, essa é uma das maneiras mais tradicionais utilizadas por uma SCFI para captação de recursos.

Ao transformar seus créditos em títulos negociáveis no mercado financeiro, a instituição financeira gera capital para novos financiamentos.

Quais são as diferenças entre FIDC e Securitizadora?

 

Parcerias com bancos de fomento

Por fim, a SCFI também pode captar recursos ao estabelecer acordos com outros fundos de investimento privado ou bancos de fomento.

Em ambos os casos, essa instituição financeira irá atuar como a originadora e gestora do crédito, enquanto o parceiro ficará responsável por fornecer os recursos.

Todas essas formas de captação possibilitam que a Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento aumente a sua capacidade de financiamento.

Assim, ela não precisa depender exclusivamente dos depósitos ou captação pública, mantendo-se alinhada às determinações exigidas pelo BC.

O que é uma SCD?

Agora que você já está devidamente familiarizado com a SCFI, vamos entender melhor o que é a outra sigla que dissemos no início deste artigo.

A Sociedade de Crédito Direto é uma instituição financeira regulamentada tanto pelo BC, quanto pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), tendo como especialidade a estruturação de operações de concessão de crédito.

Isso nos leva ao ponto central da atuação de uma SCD, pois o seu principal objetivo, é fornecer financiamento de maneira direta com os tomadores, sem precisar do intermédio de um banco tradicional.

Para que isso seja possível, as Sociedades de Crédito Direto podem emitir uma Cédula de Crédito Bancário (CCB), documento responsável por formalizar as operações de crédito junto ao BC.

Assim, a SCD consegue destinar os recursos para a concessão de crédito e financiar operações com condições mais atrativas, tanto para pessoas físicas quanto jurídicas, simplificando o acesso ao crédito.

Além disso, a SCD atua em ambiente 100% digital, utilizando plataformas estratégicas.

Desse modo, ela consegue reduzir as burocracias e conceder empréstimos e financiamentos com taxas mais atrativas do que as oferecidas pelas instituições financeiras tradicionais.

Como funciona uma SCD?

Assim como ocorre com a SCFI, a SCD também é um dos tipos de fintechs de crédito regularizadas pelo BC e autorizadas a operar no país, em ambiente digital.

Todavia, para que isso seja possível, as Sociedades de Crédito Direto devem atender às Resoluções 4.656, 4.657 e 4.970 do CMN.

Apesar dessas exigências, a SCD possui uma das mais leves licenças de instituições financeiras, permitindo o acesso a diversas atividades reguladas pelo BC.

Entre as mais comuns, podemos destacar a concessão de crédito com capital próprio, emissão de moeda eletrônica, acesso ao Pix direto, entre outras.

Embora ofereça maior flexibilidade, na maioria das vezes, as empresas criam a SCD exclusivamente para financiar atividades de concessão de crédito.

Confira o vídeo abaixo, descubra melhor como funciona uma SCD e porquê ela está se tornando uma alternativa às empresas que buscam conceder crédito aos seus clientes:


SCFI x SCD: quais as diferenças?

Embora a SCFI e a SCD pareçam semelhantes em um primeiro momento, existem diferenças importantes entre essas duas estruturas.

Essas diferenças correspondem às suas funções, modelos de negócio, fontes de receita e estrutura regulatórias, que são bem particulares.

O ponto em comum entre elas, é o fato de ambas precisarem da autorização do BC para operar.

Além disso, as duas empresas são consideradas instituições financeiras, com regras específicas de governança e compliance.

Menos burocracia

De início, uma das principais diferenças entre elas, diz respeito à burocracia em relação ao tempo para aprovação no BC, capital exigido e responsabilidades de governança.

A SCD possui uma estruturação mais simples, fácil, rápida e barata de operar do que uma SCFI.

Apesar disso, a SCD, não pode captar recursos do público. Porém, ela pode vender carteiras para terceiros, como Securitizadoras ou FIDCs.

Por sua vez, além de captar recursos, a SCFI pode operar com valores recebidos de forma exclusiva dos investidores da plataforma.

Ademais, ela pode estruturar operações com FIDCs e Securitizadoras, desde que ela origine os direitos creditórios.

Outra diferença está na origem dos recursos. Enquanto a SCD usa recursos próprios para conceder os financiamentos, a SCFI atua como intermediária entre investidores e tomadores. Ou seja, o dinheiro vem de uma terceira parte.

Isso também influencia no papel da fintech na operação, pois a SCD é a credora direta da operação, responsável por cobrar e assumir o risco de crédito.

Já a SCFI, possui um modelo de Peer-to-Peer Lending (P2P), conectando os investidores com quem necessita do crédito.

Consequentemente, os dois modelos possuem diferenças também no risco da operação realizada.

Na Sociedade de Crédito Direto, a própria instituição assume esse risco. Já na Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento, o investidor que emprestou os recursos assume o risco.

Por fim, outra diferença entre as estruturas, está na fonte de receita. Enquanto a SCD lucra com os juros cobrados nos financiamentos e outras receitas financeiras, a SCFI ganha com as taxas de intermediação que são cobradas do investidor ou do tomador.

Quais são as diferenças entre SCFI e SCD?

 

Quais as vantagens de uma SCFI e uma SCD?

Conforme você observou anteriormente, tanto a SCFI, quanto a SCD, são dois modelos de instituições financeiras regulamentadas pelo BC.

Além disso, ambas são destinadas a intermediar operações de crédito, porém, com modelos e estruturas diferenciadas.

Neste sentido, cada uma delas oferece benefícios específicos de acordo com o tipo de operação que a empresa busca realizar.

A seguir, listamos algumas dessas vantagens. Confira:

SCFI

  • Captação de recursos: pode captar recursos do público em geral, ampliando as fontes de funding para os financiamentos;
  • Maior poder de alavancagem: por meio da captação de recursos, é possível expandir a concessão de crédito sem ter que depender exclusivamente do capital próprio.
  • Ampla gama de serviços financeiros: pode oferecer crédito direto, financiamentos, arrendamento mercantil, consórcios, cartões de crédito, entre outros;
  • Diversificação de receitas: como pode oferecer diversos produtos financeiros, consegue diversificar a fonte de receitas e ampliar a lucratividade;
  • Modelo consolidado: possui um modelo tradicional no mercado, com maior reconhecimento e estabilidade para operações de crédito de médio e grande porte.

SCD

  • Mais barato para abrir: a SCD possui um custo de abertura e operação regulatória mais acessível do que uma SCFI. Ou seja, dependendo do caso, é mais fácil começar com essa estrutura do que ir direto para uma financeira;
  • Maior autonomia: como concede crédito exclusivamente com capital próprio, é possível simplificar a estrutura regulatória e reduzir as exigências de compliance;
  • Agilidade na operação: por ter menos exigências regulatórias dos que as SCFIs, ela pode estruturar operações de crédito de forma mais ágil;
  • Foco em nichos específicos: possui um modelo ideal para empresas que buscam oferecer crédito para um público-alvo definido, como os varejistas;
  • Possibilidade de parcerias: mesmo que a SCD tenha que operar com capital próprio, ela pode estruturar parcerias para conceder crédito por meio de plataformas de Banking as a Service (BaaS) ou Credit as a Service (CaaS);
  • Flexibilidade tecnológica: permite integração com sistemas de Open Finance, APIs e outras soluções, potencializando a concessão de crédito digital.

Como escolher entre uma SCFI e uma SCD?

Tanto a SCFI quanto a SCD são ótimas alternativas para empresas que buscam participar do movimento da bancarização empresarial.

Neste sentido, você pode estar se perguntando: como eu posso escolher entre uma dessas empresas para apoiar as minhas operações de crédito?

Para isso, você precisa levar em consideração alguns fatores, como o modelo de negócio da sua empresa, a estratégia de funding e a infraestrutura tecnológica.

Pontos de atenção

A primeira pergunta que você deve fazer é: como quero financiar minhas operações?

Se você quiser captar recursos do público para alavancar as operações, é melhor escolher uma SCFI.

Porém, se o objetivo for operar somente com capital próprio, sem ter que captar dinheiro no mercado de capitais, a SCD se mostra uma escolha mais assertiva.

Essa lógica é igual para os FIDCs e Securitizadoras: se o intuito for financiar com o capital de terceiros, o FIDC é mais recomendado. Mas, se o capital aportado for 100% próprio, utilizar uma Companhia Securitizadora é muito mais vantajoso.

Ou seja, se você busca expandir a operação com captação e aumentar o volume de crédito, a Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento é mais adequada do que a SCD, que depende exclusivamente do capital próprio ou aportes.

A complexidade regulatória é outro ponto a ser considerado, afinal, a SCFI exige uma estrutura mais robusta, pelo fato dela ser autorizada a captar no mercado de capitais.

Além disso, seu processo é mais complexo e demorado e os seus custos iniciais são mais elevados.

Por outro lado, a SCD tem uma regulação mais simplificada, exigindo menos estrutura de compliance, o que a torna mais acessível a varejistas.

Isso torna o processo mais ágil e menos custoso, especialmente para quem possui capital próprio.

A oferta de produtos financeiros também é outro ponto de atenção. Se o objetivo do seu negócio for oferecer vários produtos financeiros, como cartões e consórcio, a SCFI é mais recomendada, pois, a SCD pode somente conceder crédito.

Por fim, a SCD é ideal para empresas que buscam oferecer crédito 100% digital, ou querem montar uma estrutura de Embedded Finance.

Já a SCFI é mais indicada para organizações que desejam se tornar uma instituição financeira completa, ou buscar funding por meio da captação.

Conheça a Giro SCD!

Se após conferir este comparativo, você entendeu que a SCD é uma melhor opção ao seu negócio do que uma SCFI, chegou a hora de dar o próximo passo.

Para isso, você não precisa fazer tudo sozinho, pois, embora tenha uma estrutura mais leve, ainda sim, a abertura de uma SCD exige uma certa burocracia.

Desse modo, a melhor alternativa é contar com o auxílio de quem é especialista em infraestrutura para a crédito, como a GIRO.TECH!

A Giro SCD é a nossa unidade regulada pelo BC e especializada em conceder crédito e financiamento por meio dos corbans.

Os corbans são autorizados a oferecer as mais diversas linhas de crédito para pessoas físicas ou jurídicas, conforme o perfil do cliente e também, da operação desejada.

Ou seja, a Giro SCD fornece a infraestrutura completa para operações de crédito consignado, empréstimo pessoal, Crédito Direto ao Consumidor, financiamento de veículos, crediário loja, crédito PJ para investimentos e capital de giro.

As dívidas geradas pela SCD são compradas pelo veículo de securitização, como um FIDC ou Securitizadora, com o próprio capital do dono da operação de crédito.

Assim, você pode utilizar seu capital próprio para financiar suas operações de crédito de forma regulada e com melhor eficiência tributária.

Como funciona a operação realizada pela nossa SCD?

Em suma, a operação realizada pela nossa SCD ocorre da seguinte maneira: pense que o seu varejo fez uma venda parcelada a um cliente.

Neste caso, a Giro SCD será a responsável por financiar este cliente, para que ele consiga pagar o produto adquirido.

Na sequência, o veículo de securitização do seu varejo, seja ele um FIDC ou uma Securitizadora, fará a compra desse título de crédito e se tornará o novo credor da dívida.

Ou seja, quando o cliente terminar de pagar as prestações, a sua própria empresa receberá esses valores, por meio do veículo de securitização.

Assim, com essa operação realizada com capital próprio, o seu varejo consegue desbloquear novas receitas vindas dos juros e, consequentemente, aumentar as suas margens de lucro.

Ademais, é importante pontuar, que a tributação nesse modelo de negócio, que alia a SCD ao veículo de securitização, é bem mais adequada do que no modelo tradicional, quando as responsabilidades ficam a cargo da Sociedade de Crédito Direto.

Essa estrutura é muito mais leve e entrega muito mais eficiência tributária do que uma SCFI, principalmente se o seu objetivo for realizar uma operação com capital 100% próprio.

Como funciona a operação de Bancarização da Giro SCD?

 

Conclusão

Por fim, após concluir a leitura deste artigo, você conseguiu conhecer melhor quais são as diferenças entre uma SCFI e uma SCD.

Apoiadas pelo movimento da fintechzação, essas duas empresas se tornaram protagonistas no mercado financeiro.

Graças às exigências e regulamentações estabelecidas pelo BC, ambas as instituições financeiras conseguem oferecer muito mais segurança para as empresas e consumidores.

Enquanto a Sociedade de Crédito, Financiamento e Investimento apresenta uma estrutura mais robusta e possibilita a captação de recursos no mercado de capitais, a Sociedade de Crédito Direto possui uma estrutura menos burocrática, mais leve e ágil, sendo ideal para empresas que buscam conceder crédito com capital próprio.

Desse modo, a escolha entre algum desses modelos depende exclusivamente dos objetivos que você deseja alcançar no seu negócio.

Caso a meta seja escalar operações de crédito via funding externo, ou oferecer um maior portfólio de produtos financeiros, a SCFI é uma boa alternativa.

Contudo, se o objetivo for ter mais autonomia no controle da operação, e maior eficiência tributária, a SCD associada a um veículo de securitização, é uma estrutura muito vantajosa.

Mas, uma coisa é certa: seja qual for a sua escolha, é fundamental contar com o auxílio de quem é especialista em crédito, possui a expertise regulatória e forneça o aparato necessário para que sua empresa consiga rodar uma operação de crédito rentável e segura.

É por isso que a GIRO.TECH está aqui. Nós oferecemos a tecnologia para crédito que simplesmente funciona, e estamos prontos para transformar o seu crédito em resultado!

Se você ficou interessado no modelo de negócio estruturado pela Giro SCD, nós podemos apoiar o seu processo de bancarização.

Entre em contato ou clique no banner abaixo, converse com nossos especialistas, e descubra como a GIRO.TECH consegue transformar seus números em oportunidades!

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