O que é o CaaS e como ele ajuda na bancarização do varejo?

O CaaS é um modelo de negócio que torna possível que empresas de qualquer segmento ofereçam crédito como serviço ao seu ecossistema. Entenda como ele funciona!

imagem O que é o CaaS e como ele ajuda na bancarização do varejo?

Nos últimos anos, vem crescendo o número de empresas fora do setor financeiro que desejam oferecer crédito aos seus clientes. Isso é possível, graças a soluções como o CaaS.

Também conhecido como Credit as a Service, esta é uma das tecnologias mais promissoras junto a outras tendências, como Open Finance e APIs financeiras.

Desse modo, essa solução permite que empresas de qualquer porte ou segmento, estruturem e ofereçam suas próprias linhas de crédito às suas bases de clientes.

A concessão de crédito pode ser feita de forma independente, ágil e democrática, pois as soluções de Credit as a Service fornecem toda a infraestrutura tecnológica e regulatória para a realização de operações financeiras.

Não à toa, essas soluções são um dos principais expoentes da bancarização empresarial, e abrem portas para que fintechs, varejistas, indústrias e outras empresas em geral, ofereçam crédito como serviço aos seus clientes.

Mas, como isso é possível? Será que a sua empresa precisa mesmo de uma plataforma de CaaS para operar o crédito do seu ecossistema? Existe algum risco em utilizar esta solução? Essas e outras questões foram respondidas neste artigo completo.

Portanto, te convidamos a seguir a leitura e acompanhar conosco. Assim, você conseguirá compreender melhor o que é o Credit as a Service e como é essencial para o futuro do crédito!

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O que é CaaS?

Primeiramente, antes de explorarmos os diferenciais e vantagens que essa solução oferece, é importante que você se familiarize melhor com o que é o CaaS.

Em suma, o Credit as a Service (crédito como serviço) é um modelo de financiamento de crédito, no qual, uma empresa terceiriza toda a infraestrutura tecnológica, regulatória e operacional necessárias para a concessão de produtos financeiros.

Assim, qualquer empresa que não tem origem no mercado financeiro, pode oferecer empréstimos, financiamentos, cartão white label, entre outros serviços de crédito aos seus clientes, sem a necessidade de se tornar um agente regulado pelo Banco Central (BC).

Ou seja, ao invés de ter que desenvolver toda uma infraestrutura “do zero”, a empresa pode contratar uma plataforma especializada.

Desse modo, ela não precisa operar como banco tradicional para oferecer linhas de crédito personalizadas, e que atendam às demandas dos seus clientes.

Com isso, as empresas podem utilizar a oferta de crédito como ferramenta adicional dentro do portfólio de serviços prestados, como forma de agregar mais valor ao seu ecossistema.

Quer um exemplo prático? Imagine um varejista que busca ir além do seu core business, e deseja ofertar mais do que apenas seus produtos e mercadorias tradicionais. Neste caso, ele poderia disponibilizar crédito para os seus consumidores.

Para facilitar esse processo, ele pode buscar o auxílio de uma fintech de crédito e contratar a plataforma de CaaS.

Como essa solução já oferece a expertise tecnológica e regulatória, o varejista consegue conceder crédito de forma menos burocrática e mais ágil.

Além disso, existem plataformas de Credit as a Service que oferecem serviços adicionais, como análise de crédito, avaliação de risco, antecipação de recebíveis, entre outros.

Assim, a empresa contratante consegue ter a maior eficiência operacional possível, um fator determinante para o sucesso na condução dessa estratégia.

Como funciona o CaaS?

Conforme mencionamos acima, para que uma solução de CaaS seja utilizada por uma empresa, é preciso que uma fintech habilitada, disponibilize a infraestrutura tecnológica e regulatória necessárias para a concessão de crédito.

Mas, antes de entendermos como isso funciona na prática, precisamos conhecer alguns outros conceitos e termos financeiros. São eles:

Open Finance

Também chamado de “finanças abertas”, o Open Finance é um modelo que possibilita o compartilhamento padronizado e seguro dos dados financeiros entre diferentes instituições financeiras, com o consentimento do cliente.

O Open Finance amplia o conceito de Open Banking, que inicialmente, abrangia apenas informações bancárias, como contas correntes, empréstimos e cartões.

Assim, esse novo modelo permite a inclusão de todos os produtos e serviços financeiros disponíveis, como seguros, empréstimos, previdência, entre outros.

Ou seja, o Open Finance permite que qualquer empresa ofereça os mais diversos produtos financeiros, desde que sejam respeitadas as regulamentações pré-estabelecidas.

White Label

O conceito de white label (ou, “etiqueta branca”), é um modelo de negócio que permite que um serviço ou produto desenvolvido por uma empresa, seja comercializado por outra empresa, sob sua própria marca.

Assim, a empresa contratante pode inserir sua logomarca e fornecer o serviço como se ela mesma tivesse criado este produto.

No mercado financeiro, o conceito de white label é muito amplo, e pode abranger desde o já citado cartão white label, até fintech white label e banco white label, apenas para citar alguns exemplos.

API

Por fim, uma Application Programming Interface (API) (ou, “interface de programação de aplicações”) é um conjunto de regras e definições que possibilita que diferentes sistemas, plataformas e aplicativos se comuniquem entre si, de maneira segura e padronizada.

Na prática, uma API nada mais é do que uma tecnologia que permite a troca de informações entre diferentes sistemas de programação.

Ela funciona como um “cardápio”, que indica o que um sistema pode oferecer ao outro, sem que ambos tenham que saber como é o funcionamento do outro, e vice-versa.

Credit as a Service na prática

A compreensão de todos esses termos é necessária para que você entenda como o CaaS funciona na prática.

Conforme mencionamos anteriormente, graças a bancarização, qualquer empresa pode oferecer serviços financeiros e bancários à sua base de clientes.

Para melhor entendimento, vamos utilizar o mesmo exemplo que trouxemos em outro item, sobre o varejista que busca disponibilizar crédito aos seus clientes.

Contudo, para que isso seja possível, é preciso que uma instituição atue na “outra ponta” da operação, e fique encarregada pela infraestrutura financeira.

E aí que entra a fintech, responsável por fornecer a expertise tecnológica e regulatória para que a operação de CaaS consiga rodar e escalar.

Neste caso, temos a atuação de dois agentes principais: o varejista, que deseja criar uma operação de crédito com seu próprio capital; e a fintech, que disponibilizou a infraestrutura para este serviço rodar. É possível integrar essas duas “pontas”.

Para isso, é utilizada uma API, que fornece a tecnologia necessária para integrar o sistema do varejista com a plataforma de CaaS.

Assim, com o apoio da API, o varejista consegue ter disponível uma estrutura operacional otimizada e regulamentada para poder realizar a concessão de crédito.

Todavia, para que a nova operação seja oferecida aos clientes, é preciso que ela leve o nome e a logomarca do varejista.

É aí que entra o conceito de white label, pois ao contratar uma plataforma de CaaS, ela automaticamente passa a levar o nome e a identidade visual da empresa contratante.

Desse modo, o varejista consegue incorporar o Credit as a Service no seu core, mesmo que a operação tenha sido desenvolvida por uma outra instituição.

Quais as diferenças entre CaaS e BaaS?

Se você fez uma busca na internet pelo termo “CaaS“, certamente se deparou com uma outra sigla parecida: o Banking as a Service (BaaS).

Ambos os modelos de negócios fazem parte do universo “as a service”, que abrem a possibilidade de empresas “alugarem” um produto ou serviço desenvolvido por outra empresa.

Embora o CaaS e o BaaS sejam estruturas ligadas ao mercado financeiro, existem diferenças importantes entre elas.

O Banking as a Service (ou, “banco como serviço”), é um modelo no qual empresas não financeiras, podem ofertar serviços bancários aos seus clientes, sem precisar obter uma licença bancária completa.

Ou seja, essas empresas podem oferecer diversos produtos bancários e financeiros sem a obrigatoriedade de abrir um banco.

Essa é a principal diferença entre as estruturas: enquanto o BaaS fornece a infraestrutura completa de serviços bancários via APIs, o CaaS utiliza as APIs para disponibilizar os serviços de crédito.

Na prática, podemos definir assim as diferenças entre as estruturas:

  • O BaaS é utilizado por empresas que desejam oferecer serviços como bancários mais amplos, como contas correntes,  pagamentos e cartões de crédito;
  • O CaaS é mais indicado para empresas que não querem se tornar uma instituição financeira, e apenas buscam oferecer serviços de crédito aos seus clientes.

Além disso, o Banking as a Service também pode oferecer outros serviços, como investimentos e contas digitais.

Por outro lado, o Credit as a Service pode fornecer outras linhas de crédito, como Buy Now Pay Later (BNPL) e crédito pessoal.

Ademais, o BaaS precisa ter o apoio de uma fintech ou instituição financeira operando nos “bastidores”, enquanto o CaaS precisa ter o suporte de um parceiro autorizado para concessão de crédito.

Devido a essas particularidades, o Credit as a Service, especializado em crédito, é uma das categorias que compõem uma estrutura de Banking as Service.

Qual é o futuro do CaaS no Brasil?

O crédito digital tem mudado a forma como a concessão de crédito é realizada pelas empresas. Essa descentralização passa diretamente pela atuação das fintechs de crédito.

No ano de 2023, o volume de crédito concedido por essas instituições ampliou 52%, atingindo R$ 21,1 bilhões, de acordo com um estudo realizado pela PwC Brasil.

Está cada vez mais óbvio que o futuro do crédito passa pela tecnologia e pela atuação dos agentes que não têm origem no mercado financeiro.

É o caso dos varejistas, que independentemente do seu tamanho, buscam maneiras para expandir a oferta de crédito dentro do seu ecossistema.

Mais do que apenas oferecer um serviço adicional aos seus clientes, esses varejistas também buscam financiar seus negócios de outras maneiras.

Seja para comprar novos equipamentos, investir em novos produtos, contratar novos colaboradores ou obter capital de giro para estabelecer seu fluxo de caixa.

Esses são alguns dos motivos pelos quais os varejistas têm optado cada vez mais por oferecer crédito ao seu ecossistema.

É aí que entra o CaaS, que se mostra uma ótima solução para facilitar o acesso ao crédito por parte desses varejistas.

Embedded Finance e Embedded Lending

Essa tendência deve ganhar cada vez mais espaço no Brasil, apoiada principalmente em dois conceitos principais: Embedded Finance e Embedded Lending.

Enquanto o Embedded Finance se refere a incorporação de serviços financeiros nas plataformas dos varejistas que não têm origem no setor financeiro, o Embedded Lending é a inclusão de produtos financeiros ligados à oferta de crédito, na experiência do cliente.

Ao oferecer produtos como parte da experiência do cliente, os varejistas podem oferecer produtos personalizados.

Afinal, o varejo está uma posição privilegiada para estabelecer as melhores condições para a concessão de crédito, pois eles conhecem quem são os seus clientes muito melhor do que um banco tradicional.

Isso permite a oferta do crédito de maneira mais otimizada e com condições ainda mais atrativas para os clientes.

Por esses e outros motivos, o futuro do CaaS no Brasil se mostra bastante promissor, pois a adoção de soluções financeiras deve se expandir exponencialmente, apoiada por tecnologias como blockchain e Inteligência Artificial (IA).

Quais os benefícios de utilizar uma plataforma de CaaS?

Para além dos diferenciais que citamos acima, sendo o principal deles, a possibilidade das empresas oferecerem crédito como serviço, uma plataforma de CaaS proporciona diversas outras vantagens.

Abaixo, listamos 5 principais benefícios que sua empresa pode ter ao utilizar essa solução. Veja:

Retenção de clientes

A retenção de clientes é um dos principais desafios enfrentados pelas empresas, independentemente se elas forem ou não do setor de varejo.

Afinal, o mercado nos apresenta diariamente, várias opções de serviços e produtos, na qual, a oferta acaba sendo muito maior do que a demanda.

Neste sentido, empresas que conseguem desenvolver algum diferencial, assumem uma posição de destaque perante o mercado.

Esse diferencial pode ser o crédito como serviço. Pense no seguinte: o cliente que já compra com você, sabe que poderá contar com sua marca.

Logo, oferecer um serviço de crédito adicional, por meio do CaaS, ajuda a melhorar a experiência e a jornada de compra do consumidor.

Consequentemente, aumentam as chances dele realizar novas compras e indicar o seu negócio a outras pessoas, ajudando a reforçar a credibilidade da sua marca.

Redução de custos operacionais

Conforme mencionamos anteriormente, o serviço de Credit as a Service é fornecido por uma fintech especializada, que disponibiliza a tecnologia e infraestrutura financeira necessária.

Desse modo, os varejistas que contratam essa plataforma, não precisam se preocupar em desenvolver um core banking completo.

Afinal, o CaaS terceiriza a infraestrutura tecnológica e regulatória que são necessárias para o varejista conceder crédito.

Com isso, é possível ter uma redução de custos operacionais, com menos investimentos em tecnologia, recursos humanos especializados e infraestrutura regulatória.

Assim, o varejista consegue se manter focado somente na sua atividade core, mantendo o foco no relacionamento com o cliente e em sua jornada de compra.

Rápido Time-to-Market

Além de reduzir os riscos e os custos operacionais, os varejistas que utilizam uma plataforma de CaaS conseguem ter uma tecnologia escalável e pronta para uso.

Isso proporciona um rápido Time-do-Market, possibilitando um lançamento mais ágil de soluções de crédito diversas, como crediário bancarizado, BNPL, cartão private label, entre outros produtos adaptados ao nicho do varejo.

Essa customização das soluções conforme o perfil de público-alvo do negócio, é crucial para melhorar a experiência dos clientes e garantir o sucesso da estratégia.

Além disso, o varejista consegue expandir com mais facilidade a sua oferta de crédito para novas regiões ou demais segmentos de clientes.

Acesso a novos mercados

Um dos grandes benefícios que a bancarização oferece, é a possibilidade de novos players participarem do mercado de crédito.

O mesmo ocorre com os varejistas que utilizam uma plataforma de Credit as a Service, e podem ter acesso a novos mercados e segmentos.

Isso é possível por meio da securitização, uma prática que transforma créditos em títulos negociáveis no mercado de capitais.

Essa operação, realizada por um veículo de securitização, como uma Securitizadora ou Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC), permite que um ou mais investidores adquiram as dívidas existentes de forma antecipada.

Isso significa que um varejista pode realizar uma oferta de crédito com capital próprio aos seus clientes, por meio de uma Securitizadora, por exemplo.

Assim, ao expandir seus negócios, e securitizar seus direitos creditórios, a empresa consegue antecipar seus recebíveis e utilizá-los para otimizar seu fluxo de caixa e realizar novos financiamentos, investimentos ou projetos.

Novas fontes de receitas

Todos esses benefícios que listamos acima impactam positivamente o fluxo de caixa da empresa, ajudando a gerar novas fontes de receitas.

Afinal, quanto maior for a oferta de serviços oferecidos pelo seu negócio, maiores serão as chances de novas vendas ocorrerem.

É fácil de entender como isso funciona. Um comércio varejista que utilize uma plataforma de CaaS para financiar uma compra via crédito CDC, pode atingir um público diferenciado, que não teria condições de tomar financiamento por um banco comercial.

Ao tornar mais fácil o acesso ao crédito, a empresa consegue fortalecer sua reputação perante o mercado, ampliando o seu fluxo de caixa.

Além disso, ao estruturar uma operação de crédito com capital próprio, o varejista consegue ficar 100% com o controle dela.

Assim, é possível destravar novas receitas oriundas da cobrança de taxas e juros.

Cases de sucesso do CaaS no varejo

Como vimos no item acima, o CaaS permite que a oferta de crédito seja realizada como um serviço adicional dentro do ecossistema do varejo, como uma maneira de gerar mais valor aos clientes.

Essa tendência tem se tornado uma “febre” cada vez maior neste setor, que vem sabendo explorar o potencial que essa estratégia oferece.

Para te ajudar a entender de forma mais prática como isso funciona, listamos 3 cases de sucesso de grandes varejistas que apostaram na estratégia do Credit as a Service, e vem colhendo excelentes resultados. Veja:

Mercado Livre

O Mercado Livre é uma das principais varejistas do mundo. A sua atividade core está vinculada ao e-commerce, oferecendo uma plataforma para compra e venda de produtos online.

Em 2004, a empresa criou o Mercado Pago, sua plataforma de CaaS, para financiar as operações de crédito dentro do seu ecossistema.

No ano de 2017, o Mercado Pago lançou diferentes serviços de BNPL, como o crediário e outras linhas de crédito, que permitem que os clientes comprem e parcelem no Mercado Livre em até 24 vezes, sem a necessidade de ter um cartão de crédito tradicional.

Todas essas soluções financeiras são gerenciadas pelo Mercado Pago, o braço financeiro do grupo, e encarregado por ser a instituição financeira que disponibiliza e faz a administração do crédito.

Ao longo do tempo, essa ferramenta evoluiu tanto, que atualmente, conta com uma operação completa de banco.

Apenas a título de curiosidade, no ano de 2024, o Mercado Livre registrou uma receita líquida total de US$ 21 bilhões, com um crescimento de 38% em relação a 2023.

Desse montante, US$ 8,6 bilhões foram originários das operações realizadas pelo Mercado Pago, que cresceu 24,8% em relação ao ano anterior.

Lojas Renner

Quando falamos de cases de sucesso envolvendo o CaaS no varejo, é impossível não citar as Lojas Renner. Fundada em 1922, a rede conta com 435 lojas, sendo 10 delas no Uruguai e 4 na Argentina.

A Lojas Renner oferece diversas opções de crédito aos seus clientes, por meio do Meu Cartão e do Cartão Renner.

Todas essas soluções são gerenciadas pela Realize Soluções Financeiras, a instituição financeira que pertence ao grupo.

Assim, toda a gestão de crédito é feita de forma interna, sem o intermédio de um banco tradicional. Esse mecanismo possibilita que a Lojas Renner ofereça condições de pagamento personalizadas aos seus clientes.

O Cartão Renner é um cartão private label, que pode ser utilizado na Lojas Renner e nas demais redes do grupo. Já o Meu Cartão é bandeirado, sendo disponibilizado para os clientes que já possuem o Cartão Renner.

Em 2024, o lucro líquido total das Lojas Renner foi de R$ 1.196 bilhões. Desse total, R$ 167,8 milhões foram oriundos da Realize Soluções Financeiras, que contribuiu aproximadamente com 14% deste lucro líquido total.

Magalu

A Magalu é outro varejista que utiliza uma plataforma de CaaS dentro do seu ecossistema.

A empresa é uma das maiores varejistas do Brasil. Fundada em 1957, ela possui mais de 1.246 lojas espalhadas em 21 estados brasileiros, além de 21 centros de distribuição.

Desde o ano de 2001 a Magalu oferta produtos de crédito, como crédito consignado e empréstimos. A empresa também conta com a MagaluPay, o braço financeiro do grupo.

A partir de 2020, a MagaluPay virou uma instituição de pagamentos, que integra produtos como crediário digital, venda de seguros e o cartão Magalu.

Isso ajudou a ampliar a sua base para mais de 10 milhões de clientes ativos. Em 2024, a MagaluPay lançou sua operação de CDC Digital, um financiamento de compra efetuado dentro do SuperApp Magalu.

O cliente pré-aprovado para o carnê digital consegue comprar e pagar parcelado pelo carnê no momento do checkout.

Esse processo ocorre de forma fluida, pois o próprio cliente pode escolher as parcelas dentro do SuperApp Magalu.

Como a empresa tem uma rica base de conhecimento sobre os dados de consumo dos clientes, é mais fácil mitigar os riscos de inadimplência.

Atualmente, a MagaluPay ocupa um papel central dentro do ecossistema da Magalu, sendo responsável por captar receitas originadas dos produtos de crédito, que representam mais de 20% do faturamento total da rede.

Todos esses casos de Embedded Lending, que integram produtos e serviços de crédito na experiência do cliente em empresas que não têm origem no mercado financeiro, são apenas alguns casos práticos de CaaS no varejo.

Esses exemplos nos mostram que, independentemente de qual seja a área de atuação da empresa, sempre haverá demanda por crédito.

E a sua empresa não precisa ser uma startup ou fintech para aproveitar a oportunidade e oferecê-lo à sua base de clientes.

Case Magalu

O que um varejo precisa para oferecer uma solução de CaaS?

Conforme você observou acima, o Credit as a Service se mostra como uma ótima alternativa para empresas do ramo do varejo que desejam iniciar ou ampliar a oferta de crédito ao seu ecossistema.

Neste sentido, você pode estar se perguntando: “legal, eu gostei desse modelo e estou convencido a utilizá-lo no meu negócio! Mas, o que eu preciso para oferecer essa solução?”.

Antes de criar o seu CaaS, existem algumas boas práticas que você deve seguir. Abaixo, listamos os 5 passos essenciais para o sucesso da sua estratégia.

Vale ressaltar, que elas são aplicáveis aos varejos de todos os segmentos e tamanhos. Confira:

Identifique oportunidades

Anteriormente, nós mencionamos que não importa qual seja a área de atuação do seu negócio, sempre haverá demanda por crédito.

Tendo isto em mente, o primeiro passo que você precisa seguir para oferecer uma solução de CaaS, é justamente esse: identificar quais são as oportunidades de crédito dentro do seu ecossistema.

Para isso, você pode utilizar ferramentas automatizadas para análise e gestão de crédito, como por exemplo, uma esteira de crédito.

Porém, pode ser que em um primeiro momento, o seu negócio precise de aportes de capital externo para iniciar uma nova atividade de crédito.

Apesar disso, se possível, ela deve participar do fluxo do dinheiro. Assim, alivia-se o risco de crédito e viabiliza a negociação de melhores taxas ao tomador.

Desenvolva uma estratégia

Como segundo passo, você deve desenvolver uma estratégia que seja simples e personalizada, para realizar a inclusão da oferta de crédito na experiência do cliente.

Essa é uma das principais premissas do Embedded Lending. Lembre-se que a oferta dos serviços de crédito precisa ser feita de maneira não invasiva.

Portanto, essas soluções financeiras devem ser apresentadas na hora em que o cliente realmente estiver necessitado.

Selecione um parceiro estratégico

Este talvez seja o passo mais importante que você deve considerar quando for oferecer uma solução de CaaS.

É crucial que você selecione um parceiro estratégico, que forneça toda a infraestrutura técnica e regulatória necessárias para sua empresa iniciar uma operação de crédito.

Parte dessa infraestrutura consiste em uma Sociedade de Crédito Direto (SCD), que ficará encarregada por fazer a oferta de crédito e emitir os títulos de crédito correspondentes.

Além disso, é recomendável que essa fintech parceira ofereça uma estrutura robusta, que inclua motor de crédito, integração com bureaus de crédito, formalização de contratos de crédito (via Cédula de Crédito Bancário) e funding, caso seja necessário.

Neste último caso, se o varejista eventualmente não quiser operar como originador direto, ele pode conectar a plataforma à uma instituição financeira que forneça o funding.

Abra um veículo de securitização

Na sequência, o quarto passo é abrir um veículo de securitização, que pode ser uma Securitizadora ou um FIDC, que será a outra parte da infraestrutura de financiamentos, e atuará em conjunto com a SCD.

Esse veículo de securitização é quem comprará os títulos de crédito gerados pela SCD, e posteriormente, fará a conversão deles em ativos negociáveis no mercado de capitais, naquele processo conhecido como securitização.

Por fim, o veículo de securitização fará a venda dos ativos para investidores. Após essa venda, será possível captar novos recursos, que poderão ser utilizados para novas operações de crédito.

Encontre investidores interessados

Finalmente, o último passo consiste na busca por encontrar investidores interessados na compra desses ativos. Esses investidores são se tornar debenturistas da Securitizadora ou cotistas do FIDC.

Em alguns casos, essa é a função dos bancos, que não vão mais controlar a oferta de crédito, mas sim, se tornar os investidores nas operações realizadas pelas empresas.

Existe algum risco de utilizar o CaaS?

Conforme você observou ao longo da leitura, a utilização de plataformas de CaaS representa uma solução eficiente e escalável para empresas e varejistas que querem oferecer crédito sem precisar atuar como uma instituição regulada.

Porém, embora essas plataformas tragam agilidade e acesso facilitado a modelos de crédito estruturados, elas não estão isentas de riscos. Um dos principais pontos de atenção é a conformidade regulatória.

Apesar dessas plataformas contarem com o suporte de fintechs parceiras para garantir o cumprimento das normas do BC, o varejista ainda precisa assegurar que a operação de crédito se mantenha dentro das regras de compliance, especialmente no que diz respeito à Lei Geral da Proteção de Dados (LGPD) e política de crédito responsável.

Afinal, caso ocorra algum desvio nesse processo, o varejista poderá sofrer danos irreparáveis na sua credibilidade.

Além disso, também existe o risco inerente à qualidade da análise de crédito, pois mesmo que a plataforma de CaaS utilize modelos automatizados para analisar o risco, caso esses modelos não sejam constantemente atualizados, podem ocorrer inadimplências, afetando a rentabilidade da operação.

Esse é um grande problema, principalmente se considerarmos que aproximadamente 41,5% da população adulta brasileira (68,62 milhões de consumidores) estava inadimplente no final de 2024, de acordo com uma pesquisa produzida pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

Como contornar esses riscos?

Para mitigar os riscos regulatórios e operacionais, é recomendável que o varejista averigue as garantias de segurança que a fintech de crédito que fornece o CaaS oferece.

Isso envolve a avaliação da sua capacidade tecnológica, histórico de compliance e gestão de risco. Por isso, é importante que você busque ser parceiro de uma instituição que siga as boas práticas de proteção de dados e tenha todas as certificações e licenças necessárias para operar crédito.

Além disso, também é importante que o varejista mantenha um monitoramento constante da operação de crédito, acompanhando indicadores de inadimplência, eficiência na aprovação de crédito e experiência do cliente.

Assim, é possível agir de forma preventiva caso surjam inconstâncias nos modelos de risco ou desvios no perfil de crédito concedido.

Ao seguir esses cuidados, é possível mitigar os riscos financeiros e regulatórios, garantindo que a plataforma de CaaS entregue os resultados esperados para sua as operações.

A GIRO.TECH é a plataforma completa de CaaS para o seu varejo!

As empresas que desenvolvem plataformas de CaaS possuem o conhecimento e a expertise necessárias para auxiliar as organizações que buscam desenvolver atividades de crédito.

Por meio dessas soluções, é possível construir uma infraestrutura de financiamento que seja 100% alinhada às necessidades do negócio.

Porém, como vimos no item anterior, é importante que o parceiro forneça todas as licenças regulatórias exigidas pelo BC, para garantir que a operação esteja em conformidade com as leis vigentes.

Por isso, é recomendável que o provedor de Credit as a Service tenha expertise tecnológica e regulatória comprovada no mercado, para assegurar que as operações aconteçam com segurança.

A GIRO.TECH reconhece essas boas práticas, e sabe como elas são fatores cruciais para uma concessão de crédito inteligente e sem ruídos.

Por isso, nós estamos prontos para ser o parceiro ideal do seu varejo, e ajudá-lo a aproveitar as diversas oportunidades que a bancarização oferece!

Nós oferecemos uma plataforma completa de CaaS, para que o seu negócio desenvolva atividades de crédito e construa uma infraestrutura de financiamento.

Para que isso seja possível, contamos com o auxílio da GIRO SCD, nossa Sociedade de Crédito Direto (SCD), que tem todas as licenças regulatórias estabelecidas pelo BC.

Nós habilitamos sua empresa como nosso corban. Assim, você poderá utilizar nossas APIs para formalizar contratos de crédito com seus próprios clientes, por meio da emissão de CCB.

Além disso, nós também auxiliamos seu varejo a realizar a abertura do seu veículo de securitização, que vai ajudar a captar novos recursos para potencializar ainda mais as suas operações.

Assim, ao oferecer uma tecnologia escalável que simplesmente funciona, e fornecer todos os aparatos regulatórios necessários, nós estamos prontos para ser a plataforma de CaaS que ajuda seu varejo a ter margem de banco e transforma seu crédito em resultado.

Como funciona a operação de Bancarização da Giro SCD?

 

Conclusão

Por fim, ao concluir a leitura deste artigo, você conseguiu entender melhor o que é o CaaS e compreender todas as oportunidades que ele oferece.

Para empresas que buscam desenvolver atividades de crédito, utilizar o apoio dessa plataforma é o melhor caminho para rodar operações escaláveis e robustas.

Afinal, as APIs fornecidas pelas fintechs de crédito permitem que as empresas fora do setor financeiro consigam atuar como um banco sem precisar ser de fato um agente regulado.

Por todos os fatores que citamos neste conteúdo, o modelo de Credit as a Service se mostra extremamente inovador, abrindo portas para que empresas aumentem suas receitas e expandam seu portfólio de negócios.

Se você ficou interessado, e deseja investir em uma plataforma de CaaS para bancarizar o seu negócio, a GIRO.TECH é o seu parceiro ideal nesta jornada!

Nós oferecemos uma tecnologia para crédito que simplesmente funciona, e ajudamos a desenvolver a infraestrutura necessária para que sua empresa conceda crédito aos seus clientes.

Entre em contato com nossos especialistas, agende uma reunião e descubra como é possível transformar o seu varejo em banco!

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