Emissão de títulos na securitização: O que é e como funciona
Como parte do processo de securitização, é preciso tomar diversas decisões estratégicas. Entre elas, está a quebra em séries dos títulos. Saiba mais!
23/10/2024
Como parte do processo de securitização, é preciso tomar diversas decisões estratégicas. Entre elas, está a quebra em séries dos títulos. Saiba mais!
23/10/2024
A emissão de títulos na securitização é uma etapa muito importante nesta operação, que é uma opção atraente de financiamento para empresas que têm contas a receber e desejam antecipar esses recebíveis com praticidade e agilidade.
Graças à evolução dessa estrutura financeira, que tem ganhado cada vez mais relevância fora do círculo de instituições financeiras tradicionais, cada vez mais empresas buscam a securitização de recebíveis para otimizar suas operações de crédito e diversificar suas fontes de recursos.
Porém, como parte do processo de securitização, é preciso tomar diversas decisões estratégicas. Entre elas, está a quebra em séries dos títulos securitizados para captação.
Mas, o que isso significa? Como esse processo realmente impacta em uma operação de securitização? É isso que falaremos neste artigo.
Siga a leitura até o fim e descubra o que é e como funciona a emissão de títulos na securitização. Este conteúdo será muito útil para te ajudar a estruturar seu ecossistema próprio de crédito!
Primeiramente, antes de entendermos melhor como funciona a quebra em séries na emissão de títulos, vale a pena trazermos uma visão geral sobre a securitização.
De maneira simples, ela é um processo, no qual, as dívidas são transformadas em títulos negociáveis no mercado de capitais.
Esses títulos podem ser adquiridos por investidores, gerando recursos para a empresa que realizou a securitização.
Logo, caso a empresa não deseje esperar até o limite do prazo para receber todos os valores aos quais tem direito, ela pode optar pela securitização para antecipar esses recebíveis.
Por ser um mecanismo recorrente e fluido, a securitização pode ser uma importante estratégia para empresas que buscam financiar suas operações de crédito, aumentar a liquidez ou diversificar suas fontes de recursos.
Esse mecanismo é realizado por um veículo de securitização, responsável por gerenciar esse tipo de operação. Fica a cargo dele receber os valores, para então, repassá-los à empresa, que por sua vez, receberá esse crédito à vista.
Assim, a empresa solicitante da securitização consegue acessar de forma rápida o dinheiro desejado, mas aplica descontos que são destinados às pessoas que adquirem esses títulos negociáveis.
Agora que você já entendeu um pouco melhor o que é a securitização, é importante conhecer como funciona a emissão de títulos.
Como mencionamos no item acima, os veículos de securitização realizam esse processo; eles são estruturas jurídicas que executam a prática de securitização.
Eles possuem a infraestrutura necessária para transformar títulos de crédito em títulos financeiros negociáveis no mercado de capitais.
Existem diferentes tipos de veículos de securitização: Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs) e Companhias Securitizadoras de Créditos (CSCs).
Cada um tem suas particularidades, em termos de exigências regulatórias e custos. Ainda assim, os dois veículos podem realizar a quebra em séries.
Em um primeiro momento, esse processo pode parecer meio confuso, porém, ele é mais simples do que parece. De modo geral, essa operação é dividida em quatro etapas. São elas:
De início, a empresa precisa identificar quais são as oportunidades de crédito existentes. Ou seja, quais são os ativos que geram fluxos recorrentes de caixa. Esses valores também incluem itens como hipotecas, empréstimos ou operações de crédito.
Depois de identificar as oportunidades de crédito, é criado o veículo de securitização, que ficará encarregado de manter esses ativos. Esse mecanismo é importante, pois ajuda a isolar os ativos e riscos associados aos balanços financeiros das empresas que têm as contas a receber.
A emissão de títulos é a terceira etapa do “funil” de securitização, e ocorre quando o veículo de securitização faz a emissão e venda dos títulos negociáveis.
Além disso, o capital originado com a operação, é destinado a pagar a empresa que tem os ativos a receber. Esses valores chegam como crédito à vista.
Por fim, o veículo de securitização faz os pagamentos regulares aos investidores, com base nos fluxos de caixa dos ativos.
Porém, os pagamentos também podem ser fracionados em diferentes faixas de risco e retorno. Isso é o que chamamos de séries, que são importantes para atrair diferentes perfis de investidores, conforme veremos em itens seguintes.
Além disso, também há a possibilidade do investidor fazer a compra desses títulos e receber uma taxa de juros superior ao Tesouro Direto, como contrapartida pelo grau de risco assumido.
Como você observou nos itens acima, a emissão de títulos e o processo de securitização ocorrem de forma muito simples.
Esse serviço é regulamentado pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM), responsável por reger essa operação.
A regulamentação da securitização no Brasil ocorre graças à Lei nº 14.430/2020, que visa tornar o mercado mais atraente para os investidores e oferecer maior segurança jurídica às partes envolvidas.
Além disso, também há a MP 1.103/22, também conhecida como MP da Securitização. Essa norma dispõe das questões ligadas ao mercado financeiro e às suas atividades, como é o caso da securitização de direitos creditórios.
O modelo proposto pela CVM, é que empresas da economia real, utilizem veículos de securitização para fazer a captação de recursos e financiar sua operação de crédito.
Desse modo, as empresas podem contratar uma securitizadora regulada, que fará a emissão de títulos e também cuidará de toda a operação, até sua liquidação.
Com a infraestrutura adequada, essa prática pode ser usada por empresas para financiar as operações de crédito de seu ecossistema. Assim, elas ganham autonomia em relação às grandes instituições financeiras.
A abertura do veículo de securitização pode ser realizada com o apoio de uma fintech especializada, como a Giro.Tech, que tem as licenças obrigatórias da CVM.
Desse modo, além de ter toda a robustez jurídica necessária neste modelo, a empresa também consegue assumir o controle das próprias operações, sem precisar do intermédio de uma instituição financeira tradicional.
A divisão dos títulos emitidos em séries é uma técnica de estruturação utilizada na securitização, que consiste em realizar a emissão de títulos com diferentes classes, cada uma com seus próprios níveis de retorno e de exposição ao risco.
Quando chega a hora de distribuir os recebimentos para os investidores que detêm títulos, essa divisão também tem um impacto.
Neste sentido, para cada uma das classes, que são as referidas “séries”, é destinada uma parte dos recebimentos. A ordem de pagamento é estabelecida de acordo com sua posição na hierarquia estabelecida na estruturação da securitização.
Em outras palavras, a quebra em séries determina o potencial de retorno, o nível de risco e a ordem de pagamentos entre as classes de títulos.
A quebra em séries na securitização, em geral, divide a emissão de títulos em três classes: Subordinada, Mezanino e Sênior.
Cada uma dessas classes possui características específicas e atende a perfis de investidores diferentes.
A série subordinada é a classe com maior exposição ao risco em uma estrutura de securitização.
Devido a esse maior risco, a série subordinada apresenta um potencial de retorno mais elevado. Ela só recebe seus pagamentos depois que todas as outras classes receberam integralmente os seus.
A série mezanino ocupa uma posição intermediária na hierarquia de pagamentos. Recebe pagamentos após a classe sênior, mas antes da subordinada.
Além disso, essa série oferece um equilíbrio entre risco e retorno, apresentando um potencial de retorno maior do que a classe sênior, mas com um risco menor do que a classe subordinada.
Por fim, a série sênior é a classe mais segura em uma estrutura de securitização, pois ela recebe os pagamentos antes de todas as outras classes.
Essa série apresenta um menor risco de default, isto é, de inadimplência, mas também um potencial de retorno menor do que as outras classes.
A quebra em séries na emissão de títulos é uma ferramenta crucial na estruturação de uma securitização.
Ela permite que a empresa que realiza a securitização crie diferentes classes de títulos que atendam a diferentes perfis de investidores.
Desse modo, investidores que buscam maior segurança podem optar por títulos da série sênior, enquanto aqueles que estão dispostos a assumir mais riscos podem escolher as séries subordinadas ou mezanino.
Portanto, a quebra em séries aumenta a atratividade da securitização para um grupo mais amplo de investidores. Além disso, as empresas também podem usar a quebra em séries para atender a requisitos regulatórios específicos.
Um exemplo disso, são as empresas que atuam na distribuição de valores mobiliários. Essas instituições precisam realizar a Análise de Perfil de Investidor (API), para indicar quais opções são mais adequadas a cada perfil de investidor.
Através da quebra em séries, as empresas podem estruturar sua securitização de forma a respeitar regulações como essa, mantendo-se relevante para as distribuidoras e corretoras.
Quando falamos sobre emissão de títulos, também existe um outro instrumento muito relevante: as debêntures.
Elas são títulos representativos de dívida, e tem como principal objetivo, ajudar as empresas a captarem recursos para finalidades como financiamento de grandes projetos, por exemplo.
As debêntures são muito similares a Nota Comercial, um documento que funciona como confissão de dívida. Neste caso, a empresa interessada em captar recursos, emite a debênture, indicando todas as condições: montante, prazo, juros, garantias, entre outros.
Uma vez emitido esse documento, a empresa, seja ela industrial, comercial ou varejista, busca um investidor interessado em adquirir essa dívida, atingindo assim o objetivo de captar recursos.
Assim, os investidores compram as debêntures com a expectativa de obter rentabilidade, alcançada pela compra de direitos de crédito adquiridos com deságio ou com juros a receber.
No caso da Giro.Tech, a debênture é utilizada como título de investimento nas operações de securitização de créditos.
Essa é uma estratégia atrativa, pois permite que os próprios sócios financiem a expansão e as oportunidades de crédito dentro do seu próprio ecossistema, sem depender de bancos tradicionais.
Para os varejistas, essa alternativa funciona como uma opção ao crédito bancário tradicional, trazendo vantagens estratégicas, como maior controle sobre as condições de captação e uma estrutura de capital mais eficiente e robusta.
Assim, é possível alinhar os interesses e expectativas, além de reduzir custos em comparação a empréstimos bancários, pois os sócios terão 100% de controle na operação de crédito, sem precisar destinar capital para intermediários.
Seja para financiar operações de crédito, aumentar a liquidez ou diversificar as fontes de recursos, a securitização é uma estratégia que pode trazer muitos benefícios para as empresas.
No entanto, é importante implementar essa estratégia de forma correta e considerar os riscos envolvidos.
A securitização é uma prática financeira complexa, que requer conhecimento técnico e experiência para ser realizada de maneira eficaz. Para garantir o sucesso da estratégia de securitização, incluindo a quebra em séries, é recomendável contar com a ajuda de especialistas na área.
Ter um parceiro como a Giro.Tech, que oferece uma estrutura de Securitização dedicada exclusivamente à sua empresa, é a maneira mais fácil de iniciar as atividades com segurança e eficiência.
A GTS Securitizadora é a nossa unidade responsável por emitir títulos, atendendo a todas as exigências legais e regulatórias. Ela é registrada na CVM como Companhia Securitizadora.
A GTS Securitizadora já realizou mais de 30 emissões de títulos, e está habilitada para atuar com emissões de Certificados de Recebíveis (CRs).
Logo, as emissões realizadas pela GTS Securitizadora permitem que sua empresa acesse recursos para viabilizar diferentes tipos de operações de crédito.
Assim, mesmo que a sua empresa não seja de grande porte, ela poderá aproveitar todos os benefícios da bancarização empresarial, para captar recursos no mercado de capitais e gerar mais eficiência e autonomia nas operações de crédito.
Por fim, ao concluir a leitura deste artigo, você conseguiu compreender melhor o que é a emissão de títulos em séries, e como isso faz toda a diferença na operação de securitização.
Com a quebra em séries, as empresas conseguem estruturar sua securitização de forma prática e segura, respeitando as regulações vigentes. Assim, é possível manter-se relevante para as distribuidoras e corretoras do mercado de valores.
Além de ser uma ótima maneira de diversificar as fontes de receita dos varejistas, a emissão de títulos ajuda na redução de custos e na ampliação das operações de crédito.
Portanto, caso você ainda não securitiza seus créditos, chegou o momento de gerar mais eficiência em seus negócios. Para isso, você pode contar com o auxílio da Giro.Tech!
Entre em contato com nossos especialistas e descubra como as nossas soluções de securitização e bancarização podem ajudar sua empresa a explorar novas fontes de receitas!
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