O que é e como funciona a operação de Risco Sacado?
O risco sacado é uma operação muito utilizada por empresas para otimizar o fluxo de caixa e reduzir o risco de inadimplência ao lidar com fornecedores. Saiba mais!
27/01/2025
O risco sacado é uma operação muito utilizada por empresas para otimizar o fluxo de caixa e reduzir o risco de inadimplência ao lidar com fornecedores. Saiba mais!
27/01/2025
Quando falamos sobre mercado financeiro, uma das operações que mais acontecem, envolvem o risco sacado, principalmente nas transações comerciais.
Nestes casos, é muito comum a empresa que comprou uma mercadoria ou serviço, solicitar um prazo para efetuar o pagamento.
Contudo, na maioria das vezes, o fornecedor não tem o fluxo de caixa necessário para esperar até que a Nota Fiscal (NF) seja liquidada. Desse modo, é necessário encontrar mecanismos para que a empresa acesse esses valores antecipadamente.
Uma das opções, naturalmente, ocorre com a securitização. Por meio dela, as empresas conseguem converter créditos em títulos negociáveis no mercado de capitais.
Além de ajudar a empresa que forneceu o serviço a acessar seu capital financeiro antecipadamente, esta operação também ajuda a mitigar outros riscos envolvidos, como é o caso da inadimplência.
Embora o Boletim Econômico da Serasa Experian, divulgado em 2024, indique que o número de empresas em situação de inadimplência manteve-se estável em 6,9 milhões, essa situação ainda costuma se fazer presente no ramo corporativo.
Com isso, operações como a securitização, a antecipação de recebíveis, e o risco sacado, se mostram como alternativas viáveis para empresas realizarem financiamentos e readequarem seu capital de giro.
Portanto, se você é do ramo da indústria, agronegócio, varejo, ou de qualquer outro segmento, e deseja aprender mais sobre o conceito de risco sacado, este artigo é para você!
Sendo assim, te convidamos a acompanhar a leitura conosco até o fim, pois ela está repleta de informações que serão muito úteis ao seu negócio!
Primeiramente, antes de explicarmos todas as particularidades que esta operação envolve, é importante que você saiba melhor, o que é o risco sacado.
Também conhecido como antecipação a fornecedores, ele possibilita que os fornecedores antecipem os valores das contas que têm a receber das operações comerciais com seus respectivos clientes.
De modo geral, ele é um termo utilizado no mercado financeiro, principalmente nas operações de crédito, como duplicatas ou notas promissórias descontadas, para demonstrar o risco de inadimplência associado ao cliente final, no caso, o sacado.
Para que essa antecipação seja possível, é necessário a intermediação de alguns participantes, que podem ser bancos, Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) ou investidores qualificados.
Entretanto, a operação também pode ocorrer apenas com o próprio capital sacado.
Neste sentido, o processo funciona de forma bastante semelhante ao da securitização, que converte créditos em títulos negociáveis no mercado financeiro.
Graças a essa operação, investidores do mercado de capitais conseguem comprar as dívidas existentes de forma antecipada.
Com isso, a empresa que realizou a securitização, acessa o dinheiro desejado rapidamente, mas aplica descontos destinados aos investidores que compraram os títulos negociáveis.
No caso do risco sacado, o agente financeiro realiza a antecipação do valor do recebível com deságio ao fornecedor no prazo solicitado, e recebe a totalidade do valor do comprador no prazo original do pagamento.
A operação leva esse nome pelo fato do fornecedor utilizar a credibilidade do seu cliente para estabelecer taxas que serão aplicadas na antecipação.
Assim, quanto maior for a relação de confiança no sacado, melhores serão as condições e taxas.
De modo geral, as grandes empresas buscam maneiras de alongar e manter o prazo de pagamento a seus fornecedores, para melhorar a eficiência e reduzir a necessidade de ter capital de giro.
Por outro lado, existem fornecedores que ficam com os recebimentos “travados”, necessitando buscar capital de giro no mercado de crédito para manter sua produção.
Além disso, grande parte da cadeia de fornecedores são pequenas e médias empresas, que possuem um elevado custo de crédito.
Tendo essas informações em mente, fica mais fácil entender como funciona a operação do risco sacado.
Imagine o cenário: um fornecedor X vende uma mercadoria a prazo para uma empresa Y (sacado).
Quando a venda for concretizada, o fornecedor irá emitir uma NF ou duplicata ao sacado, estabelecendo um compromisso de pagamento entre as partes.
Por outro lado, a instituição financeira que realizou a antecipação dos valores à vista para o fornecedor, se torna a credora da operação.
Isso significa que a empresa compradora terá que pagar a respectiva instituição financeira, e não mais o seu fornecedor.
Na prática, a operação de risco sacado tem a participação de três agentes:
Na operação de risco sacado, o fornecedor emite uma NF ou duplicata com um prazo. Porém, o valor a pagar é antecipado pelo financiador, que posteriormente, receberá o pagamento do comprador no prazo de vencimento deste documento.
Assim, a financiadora realizará o pagamento ao fornecedor, contudo, a empresa contratante também terá que arcar com o pagamento do “empréstimo” até o prazo final que foi acordado.
Por conta dessas particularidades, é que a operação leva o nome de risco sacado, pois a instituição financeira corre o risco de não receber o valor que foi antecipado.
Em suma, a operação de risco sacado tem como principal objetivo, facilitar o acesso ao crédito e a gestão do fluxo de caixa, seja para empresas que vendem a prazo, ou para instituições ou fundos de investimento que fazem o financiamento dessas transações.
Uma solução muito utilizada por essas empresas, é o desconto de duplicatas, geralmente junto a uma factoring de crédito, FIDC ou banco.
Empresas que realizam vendas a prazo, podem optar por utilizar o risco sacado para antecipar valores de contratos, notas promissórias ou duplicatas.
Nestes casos, a operação permite que essas empresas recebam de forma imediata os valores oriundos das vendas a prazo.
Além disso, ela também proporciona uma melhora no fluxo de caixa, para que a empresa consiga pagar despesas imediatas, como pagar fornecedores ou investimentos.
O risco sacado também serve para empresas que buscam transferir a responsabilidade da inadimplência aos financiados.
Isso é muito comum nos contratos conhecidos como “non-recourse”, que não tem direito de regresso.
Em outras palavras, isso quer dizer, que se o sacado não pagar, o risco não volta para que foi o cedente da operação, no caso, a empresa vendedora.
Assim, a empresa consegue cedente consegue se proteger contra todos os prejuízos causados pela inadimplência dos seus clientes.
A operação de risco sacado também é utilizada por empresas que buscam uma alavancagem nas suas operações comerciais, como forma de ampliar as vendas a prazo, antecipar os valores a receber, e mitigar os riscos de inadimplência.
Desse modo, as empresas conseguem aumentar o seu percentual de vendas sem prejudicar a liquidez financeira.
Por fim, o risco sacado também serve para empresas que buscam securitizar os seus recebíveis. Neste caso, o mecanismo é uma forma de determinar a viabilidade e classificação de risco da operação.
Com isso, a empresa consegue converter fluxos futuros de pagamento em capital imediato. Além disso, também é possível atrair investidores interessados em adquirir ativos com menor risco.
De modo geral, essa operação é uma solução estratégica para empresas que buscam antecipar receitas e transferir riscos, possibilitando maior liquidez e estabilidade financeira.
Se você fizer uma busca na internet sobre o termo “risco sacado”, vai observar, que existe um outro conceito bastante relacionado: antecipação de recebíveis.
Embora ambos os termos estejam relacionados, eles se referem a diferentes aspectos de operações financeiras.
Conforme vimos anteriormente, o risco sacado faz referência ao risco de inadimplência do cliente final em uma operação de crédito.
De modo geral, ele é uma análise específica da real capacidade do sacado honrar o pagamento de uma obrigação assumida.
Por outro lado, a antecipação de recebíveis, é uma operação na qual, uma empresa faz a antecipação dos valores das vendas a prazo junto a uma instituição financeira.
Assim, é possível acessar, antecipadamente, os valores oriundos de vendas de crediário próprio, cartão de crédito ou cartão private label, por exemplo.
Além disso, o risco sacado está relacionado à qualidade de crédito do sacado, de forma a determinar a viabilidade e as condições do financiamento.
Em relação à antecipação dos recebíveis, o foco está na liquidez imediata da empresa que cedeu os títulos de crédito.
Outra diferença está na estrutura das operações. O risco sacado precisa da participação de três agentes (cedente, sacado e instituição financeira), enquanto a antecipação de recebíveis, não tem a participação do sacado.
Ademais, o risco sacado tem foco na análise de crédito do sacado, enquanto a antecipação de recebíveis é mais ampla, pois considera outros fatores, como o histórico do cedente e a qualidade dos títulos.
Por fim, o risco sacado aparece em toda operação de crédito na qual, o pagamento final depende de um cliente, como desconto de duplicatas, factoring e securitização de créditos.
Já a antecipação de recebíveis inclui operações para fornecer liquidez para a empresa cedente, como desconto de títulos e operações de crédito específicas, como antecipação de duplicatas ou parcelas do crediário loja.
Se você chegou até aqui na leitura, conseguiu compreender melhor as particularidades que envolvem o risco sacado.
Por ser uma operação relacionada à securitização, ela é muito utilizada nos mais diferentes segmentos, como indústrias, empresas B2B, e principalmente, varejistas.
Neste sentido, essa operação é acessível, sendo usada para otimizar o fluxo de caixa e fortalecer o relacionamento com fornecedores.
Mas, não é somente isso. Por conta da sua estrutura, o risco sacado traz algumas vantagens importantes ao setor do varejo. São elas:
De modo geral, quando realizada especificamente no varejo, a operação de risco sacado costuma beneficiar todas as partes envolvidas.
Afinal, o varejista consegue alongar prazos e otimizar seu fluxo de caixa, enquanto os fornecedores têm um acesso mais rápido ao capital sem riscos.
Consequentemente, essa dinâmica ajuda a fortalecer a cadeia de abastecimento, tornando essa operação bastante popular no setor do varejo.
Em um cenário no qual a bancarização está cada vez mais em alta, com os players do setor buscando alternativas para financiar o seu ecossistema, é importante tomar alguns cuidados, caso você opte por implementar o risco sacado em seu negócio.
Neste sentido, o primeiro passo é certificar que sua empresa tem fluxo de caixa suficiente para honrar os prazos negociados com os fornecedores.
Ainda neste ponto, também é importante mostrar aos fornecedores como a operação funciona, citando as taxas competitivas e a melhor previsibilidade de caixa.
Além disso, conectar a tecnologia à operação de risco sacado, também é uma forma de implantar a antecipação de fornecedores dentro do seu ecossistema.
Desse modo, buscar parceria com uma instituição financeira ou fintech white label, que ofereça serviços de Supply Chain, é fundamental para que essa operação tenha sucesso, afinal, essas instituições serão responsáveis por intermediar as operações de antecipação de crédito.
Ademais, utilizar um Sistema Integrado de Gestão Empresarial (ERP), ajuda a sua empresa a gerenciar o fluxo de caixa e honrar com os compromissos financeiros.
Automatizar todo esse processo é crucial para monitorar pagamentos e cobranças em tempo real, o que é importante para evitar contratempos.
Foi pensando nisso que a Giro.Tech desenvolveu o GT For, a nossa plataforma para antecipação de fornecedores.
Por meio dela, as empresas conseguem implantar operações de risco sacado para seus fornecedores, usando as informações que já possuem em seu sistema de ERP.
Os programas podem ser financiados pela própria empresa ou por financiadores terceiros. Assim, os recebíveis performados podem ser antecipados, gerando um novo modelo de receita para a empresa.
Para que isso seja possível, o processo se divide em três etapas principais. A primeira delas começa no cadastro dos fornecedores.
O cadastro é realizado no próprio portal do sacado, que precisa apenas incluir os dados e informações do seu fornecedor. É possível personalizar as mensagens e deixá-las de acordo com as necessidades do fornecedor.
Na sequência, o fornecedor consegue começar a utilizar o GT For. Dentro da plataforma, é possível visualizar as faturas que o fornecedor tem para antecipar através da integração com o ERP.
Assim, o fornecedor consegue selecionar as faturas desejadas, fazer a simulação dos valores que ele deseja antecipar, qual o prazo médio para antecipação, e o valor que será descontado na operação do risco sacado.
Por fim, caso você tenha tarifas e taxas fixas de antecipação que são cobradas no FIDC, também é possível adicioná-las na simulação.
Além disso, caso tenha algum termo de cessão a ser assinado, o próprio GT For faz o disparo do e-mail, que será assinado no formato que o financiador exigir.
Uma vez que esse termo seja assinado, o pagamento já é realizado ao fornecedor, e a integração é feita com o ERP, para que ele saiba que deve pagar no vencimento o financiador do risco sacado e não mais o fornecedor.
Automatizar todo esse processo ajuda a gerar mais eficiência e mitigar os riscos associados. Isso faz toda a diferença em qualquer operação de crédito, especialmente aquelas realizadas com capital próprio.
Como você pôde observar ao longo da leitura, a operação de risco sacado é uma boa solução para que os fornecedores recebam seus valores antes do prazo acordado inicialmente.
Esse modelo de negócio, diferentemente da operação de factoring, que é pautada no vendedor, tem o comprador como centro da operação.
Assim, com a oferta de antecipação partindo do comprador, é possível garantir que esse título está livre de fraudes, assegurando a confirmação da dívida ao fornecedor.
Com isso, o risco assumido pelo agente financiador fica resumido apenas ao risco de crédito da compradora, permitindo que a empresa que implanta essa operação, ofereça à sua cadeia de fornecedores a antecipação com um valor mais acessível.
Apesar disso, ainda é comum que grandes empresas não tenham um programa de financiamento a seus fornecedores.
Isso ocorre, principalmente, pelo fato da empresa não possuir uma solução eletrônica para disponibilizar e negociar os recebíveis com seus fornecedores.
Desse modo, embora seja uma operação acessível, quando realizada dessa forma, ela acaba não sendo vantajosa para a empresa.
Para resolver esse problema, a Giro.Tech ajuda a fazer a ponte entre nosso cliente e seus fornecedores, pois eles utilizam nossa plataforma para avaliar quais duplicatas estão disponíveis para antecipação.
Como essa operação necessita da participação de uma Securitizadora, caso nosso cliente ainda não possua esta estrutura, nós também ajudamos a constituí-la, utilizando o suporte da GTS Securitizadora, nossa vertical regulada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Isso a torna habilitada para realizar a emissão de valores mobiliários de acordo com as normas estabelecidas pelo mercado de capitais.
Assim, além de automatizar todo o processo, e gerar muito mais eficiência na sua operação de risco sacado, a sua empresa também terá muito mais eficiência tributária, com menos impostos e mais lucro nas receitas.
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