Carteira de crédito: como o varejo pode gerar eficiência?

A carteira de crédito é um ativo fundamental para o varejo. Entenda qual é a sua importância e descubra como é possível gerar mais eficiência na sua gestão!

imagem Carteira de crédito: como o varejo pode gerar eficiência?

A carteira de crédito é um componente de extrema importância no contexto da bancarização do varejo e de outros setores que não têm origem no mercado financeiro.

Por meio desse instrumento, essas empresas conseguem obter um retorno financeiro bem interessante, que faz toda a diferença para quem busca diversificar suas fontes de receitas.

No entanto, ao mesmo tempo em que gerir esse ativo é uma tarefa extremamente desafiadora, ela também é muito necessária para proteger os resultados financeiros da empresa e evitar contratempos.

Apenas a título de curiosidade, a inadimplência no varejo brasileiro em 2024 manteve-se relativamente estável, tendo médias mensais variando entre 5,38% e 5,60%, segundo dados do Instituto Brasileiro de Executivos do Varejo (IBEVAR).

Apesar disso, o Índice Meu Crediário, que monitora a inadimplência do crediário no varejo, apontou flutuações mais acentuadas.

Essa variação ocorreu em novembro de 2024, quando o índice referente às vendas efetuadas em agosto e vencidas após 90 dias, subiu para 7,26%, ligeiramente superior aos 6,99% observados em setembro, sobre as vendas ocorridas em julho.

As razões para essas flutuações são variadas, e vão desde fatores sazonais a estratégias de crédito específicas.

Todos esses dados nos dão uma certeza: o sucesso de uma operação financeira passa diretamente por uma gestão eficiente da carteira de crédito.

Assim, é possível mitigar os riscos de inadimplência e otimizar o retorno financeiro, ambos fatores cruciais para o êxito de uma estratégia de bancarização.

Mas, como o varejo pode gerar mais eficiência em sua carteira de crédito? É sobre isso que vamos falar neste artigo.

Siga a leitura conosco e descubra a importância de fazer uma administração correta desse componente em seu ecossistema financeiro.

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O que é uma carteira de crédito?

Primeiramente, antes de entendermos essas boas práticas de gestão, é importante que você conheça melhor o que é uma carteira de crédito.

De modo geral, ela corresponde ao conjunto de todos os créditos, como empréstimos, financiamentos, parcelamentos, crediário, entre outras soluções concedidas por um banco, instituição financeira, empresa ou entidade que atua na concessão de crédito.

Na prática, essa carteira é uma espécie de portfólio de valores que essa empresa tem a receber de clientes ou tomadores de empréstimos.

Trazendo para o contexto do varejo, ela corresponde a todos os financiamentos e vendas a prazo as quais os clientes ainda não efetuaram a quitação integral das parcelas.

Neste sentido, é possível encontrar diferentes tipos de crédito deste portfólio, como por exemplo:

  • Empréstimos pessoais;
  • Parcelas do cartão de crédito ou cartão private label;
  • Parcelas do crédito CDC;
  • Créditos automotivos;
  • Cotas de consórcio;
  • Financiamento empresarial;
  • Créditos hipotecários;
  • Linhas de crédito rotativas;
  • Entre outros.

Apesar disso, é importante salientar, que cada uma dessas operações de crédito possuem diferentes tipos de contrato.

Naturalmente, isso implica em particularidades nas condições de pagamento, total de parcelas, prazos, taxa de juros ou multas por atraso.

Desse modo, a carteira de crédito é um grande portfólio composto por todos esses contratos de empréstimos e financiamentos.

A seguir, vamos entender melhor como ela funciona na prática.

Como funciona uma carteira de crédito?

Conforme mencionamos no item acima, a carteira de crédito funciona como uma espécie de portfólio que contém todas as operações de crédito realizadas por uma instituição financeira.

Ou seja, ela atua como sistema de controle central, que tem como objetivo, gerir todas os financiamentos, empréstimos e demais concessões de crédito pendentes de um banco ou varejo.

Para garantir esse gerenciamento, a carteira indica diversos itens que ajudam a entender o panorama das atividades de concessão de crédito.

Entre esses itens, estão:

  • Valor: total do crédito faltante para que cada cliente conclua o pagamento;
  • Valor total: soma dos valores devidos em cada operação de crédito;
  • Taxa de inadimplência: porcentual de clientes que atrasam o pagamento das parcelas;
  • Rating: uma avaliação referente ao risco de crédito em cada transação;
  • Composição: a proporção em relação à classificação da carteira de crédito;
  • PDD: conhecido como Provisão para Devedores Duvidosos (PDD), é uma reserva financeira criada para cobrir eventuais perdas por inadimplências.

Exemplo prático

Para melhor entendimento de como funciona uma carteira de crédito, trouxemos um exemplo prático.

Considere um comércio varejista que decide oferecer Crédito Direto ao Consumidor (CDC) para o seu ecossistema.

Neste caso, cada novo contrato estabelecido entre na carteira como um direito a receber no futuro.

Posteriormente, cada nova concessão de CDC realizada possui o valor total da operação, taxa de juros, prazo de pagamento, taxa de inadimplência e rating. Todos esses dados são registrados para que haja o controle e monitoramento da carteira.

Na sequência, quando o cliente começar a pagar as parcelas, os valores vão reduzindo o saldo da carteira de crédito.

Caso haja inadimplência, a operação é reclassificada, como por exemplo, em cobrança ou em prejuízo.

Neste sentido, é importante que o varejista monitore indicadores chave, como o saldo total da carteira, a porcentagem de atraso, o PDD e a rentabilidade.

A soma de todos esses dados é o que ajudará o varejista a tomar a melhor decisão estratégica, como vender a carteira por meio da securitização, buscar funding no mercado de capitais, ou ajustar sua política de crédito.

Assim, a carteira pode ser utilizada como garantia para captação de recursos via securitização, ou então, como fonte de receita recorrente, por meio de juros e encargos.

Além disso, é importante pontuar, que uma carteira de crédito pode ser dividida em dois tipos: pessoal e empresarial.

A carteira pessoal é composta pelos financiamentos concedidos a pessoas físicas, a fim de que elas possam realizar compras de bens de alto valor ou pagar dívidas.

Já a carteira empresarial, é composta pelos contratos elaborados com empresas, para ampliação de operações, compra de equipamentos ou capital de giro.

Como o Credit as a Service impacta a carteira de crédito do varejo?

Um dos principais pilares para a popularização da bancarização no varejo, é o Credit as a Service (CaaS), ou “crédito como serviço”.

Em suma, ele é um modelo de negócio que permite às empresas que não pertencem ao setor financeiro, a oportunidade de conceder diferentes linhas de crédito aos seus clientes.

Com isso, o crédito passa a ser uma ferramenta adicional dentro do ecossistema do varejo, gerando mais valor aos clientes.

Modelo de negócio inovador

O modelo de negócios do CaaS tem contribuído para a democratização e descentralização do mercado de crédito.

Consequentemente, isso também traz impactos nas carteiras de crédito, que não são mais exclusividade dos bancos.

Afinal, graças às fintechs de crédito, varejistas dos mais portes e segmentos conseguem implantar a oferta de crédito dentro do seu ecossistema, sem precisar se tornar um agente regulado pelo Banco Central (BC).

Isso ocorre, pois as fintechs fornecem todos os insumos necessários, como tecnologia, análise de crédito, integração com bureaus de crédito e cobrança automatizada.

Assim, os varejistas conseguem originar o crédito com menos barreiras e com maior controle sobre os clientes. Isso ajuda a melhorar a qualidade da carteira de crédito.

Por essas e outras razões, as fintechs têm ocupado um espaço central na democratização do crédito no Brasil.

Em 2023, o volume de crédito concedido pelas fintechs brasileiras foi de R$ 21,1 bilhões, com um aumento de 52% em relação a 2022, de acordo com a Pesquisa Fintechs de Crédito Digital 2024, produzida pela PwC Brasil e pela Associação Brasileira de Crédito Digital (ABCD).

Além disso, mais da metade dos empréstimos (53%) é referente ao CaaS e ao Lending as a Service (LaaS), um modelo de negócio mais focado em empréstimos.

Todos esses dados mostram como o Credit as a Service tem impactado positivamente a carteira de crédito do varejo, permitindo que ela seja construída e escalada de forma ágil e inteligente.

Qual a importância da carteira de crédito para o varejo?

A digitalização do crédito tem aberto cada vez mais novas oportunidades para o varejo. Neste sentido, a carteira de crédito se tornou um ativo valioso e estratégico para os varejistas.

Para além dos modelos de CaaS e LaaS, o Buy Now Pay Later (BNPL) também vem conquistando cada vez mais relevância no varejo digital.

Em 2025, pela primeira vez, o BNPL superou a marca de 50% de aceitação no e-commerce, tornando-se o terceiro meio de pagamento mais utilizado, ficando atrás somente do cartão de crédito e do Pix.

Esse movimente tem acontecido pois os varejistas têm observado que a concessão de crédito com capital próprio é o caminho para o futuro do setor.

Aumento na margem de lucro

Por meio dessa operação, é possível destravar novas fontes de receitas, que vão além do lucro sobre a venda de produtos. Isso é possível, pois o cliente paga juros e encargos, o que ajuda a transformar a carteira em uma fonte contínua de receita.

Para você ter uma noção de como esse movimento é extremamente relevante, em grandes redes como Magalu, C&A e Riachuelo, parte relevante do lucro anual vem da operação financeira.

Segundo dados disponíveis no Varejo Finance Report 2025, o faturamento anual da Riachuelo em 2024 foi de R$ 9,63 bilhões.

A Midway, braço financeiro do Grupo Guararapes, controladora da Riachuelo, respondeu por 73% do lucro da empresa em 2024.

O resultado positivo dessa operação reitera como os grandes varejistas têm utilizado suas respectivas carteiras de crédito para aumentar a rentabilidade.

Além disso, a carteira gera dados valiosos ao varejista sobre pontualidade nos pagamentos e capacidade de endividamento.

Por meio deles, é possível aprofundar o CRM e a inteligência comercial, possibilitando que o varejista elabore estratégias mais efetivas.

Desse modo, os varejistas que controlam sua própria carteira conseguem oferecer limites mais personalizados, prazos mais longos e recompensas ligadas ao comportamento do consumidor. Todos esses fatores ajudam a fidelizar o cliente e aumentar o seu Lifetime Value (LTV).

Ademais, a carteira de crédito também é um ativo financeiro de grande valor para o varejo. Ao utilizar a estrutura de uma Securitizadora ou FIDC, é possível gerar liquidez sem depender do fluxo de caixa da operação.

Essa estrutura permite que o varejista consiga captar funding no mercado de capitais, obtendo recursos para investir em projetos ou expandir sua área de atuação.

Portanto, a carteira de crédito é a chave para transformar o varejo em um provedor de soluções financeiras, gerando uma receita adicional, abrindo portas para a securitização e melhorando a rentabilidade e as margens de lucro.

Case Magalu

 

Quais as vantagens da carteira de crédito para o varejo?

Para além do que citamos anteriormente, a carteira de crédito proporciona uma série de outras vantagens ao varejo.

A seguir, destacamos alguns dos principais benefícios que este ativo financeiro traz para a estratégia financeira dos varejistas. Veja:

Geração de receita recorrente

A carteira não apenas destrava uma nova fonte de lucro para o varejista. Ela também ajuda proporciona uma geração de receita recorrente dentro do ecossistema.

Esses ganhos oriundos dos juros, encargos e comissões sobre as operações de crédito concedidas aos clientes, é uma receita adicional à margem da venda de produtos.

Ou seja, o varejista não precisa deixar de focar na sua atividade core. Ele poderá seguir comercializando os produtos e mercadorias da mesma forma como sempre ocorreu.

A diferença é que sempre haverá uma receita previsível e escalável, principalmente nas operações com crediário próprio e cartão private label.

Aumento do ticket médio

Ainda quando falamos sobre o cartão private label, não podemos deixar de citar como essa solução vem se tornando uma peça chave na estratégia financeira do varejo.

De acordo com um estudo produzido pela NielsenIQ, os lares que usam esse tipo de cartão em supermercados, costumam gastar 20% mais do que aqueles que dão preferência à outra forma de pagamento.

Ainda de acordo com o estudo, as pessoas que possuem um cartão private label, tendem a retornar aos supermercados com maior frequência, registrando 31 visitas anuais contra 27 das pessoas que não possuem este cartão.

Além disso, outros estudos de mercado indicam que em algumas grandes redes varejistas, a operação de crédito próprio, seja cartão private label ou crediário, tem penetração superior a 50%.

É fácil de entender porque isso ocorre. Quando o cliente tem acesso ao crédito, ele tende a comprar mais.

Quando ele consegue parcelar uma compra, ele também aumenta o seu poder de consumo. E isso reflete diretamente no ticket médio da transação.

Essa estratégia é especialmente importante em determinados segmentos, como o varejo de eletroeletrônicos e móveis que possui uma margem líquida entre 2% a 6%.

Maior controle sobre o relacionamento financeiro

Uma das principais premissas da bancarização e do Retail Banking, é proporcionar maior liberdade e autonomia para que o varejista gerencie seus ativos.

Neste sentido, o varejo que possui sua própria carteira de crédito consegue ter maior controle sobre o relacionamento financeiro.

Assim, é possível controlar a esteira de crédito, os critérios de concessão e demais estratégias de cobrança, que podem ser customizadas de acordo com o perfil do cliente, sazonalidade e objetivos de venda.

Essa virada de chave que coloca o varejo como protagonista da sua estratégia financeira, é crucial para a melhora nos indicadores de rentabilidade.

Melhor gestão de risco de crédito

Ter esse maior controle sobre o relacionamento financeiro, também permite que o varejo faça uma melhor gestão do risco de crédito.

Afinal, o varejista que consegue controlar a sua própria carteira de crédito, pode implantar modelos de score de crédito personalizados.

Isso é possível pois o varejo possui algo que nenhum banco tradicional tem: uma base de dados rica e estratégica.

Ao considerar as métricas e variáveis de consumo e relacionamentos já construídos com a base de clientes, o varejista constrói uma inteligência de dados extremamente poderosa para vendas e crédito.

Além de reduzir a inadimplência, essa estratégia ajuda a melhorar a eficiência nas concessões.

Vantagem competitiva

O varejo é um setor conhecido por ter uma margem de lucro cada vez mais pressionada pela carga tributária elevada e mudanças no perfil do consumidor.

Neste sentido, os varejistas que oferecem soluções financeiras próprias, e mantêm uma carteira de crédito, conseguem alcançar uma vantagem competitiva em relação aos demais.

Ao oferecer condições exclusivas, como prazos mais longos, aprovação facilitada, promoções e cashbacks, o varejista consegue gerar maior conversão e retenção nos canais de venda, sejam físicos ou digitais.

Acesso a novos mercados

Por fim, o varejo que possui um carteira de crédito bem estruturada, tem a oportunidade de acessar novos mercados, que vão além da oferta de crédito.

Graças a plataformas de Banking as a Service (BaaS), empresas que não têm origem no setor financeiro, podem oferecer serviços bancários à sua base de clientes, sem precisar tirar uma licença bancária completa.

Essa possibilidade abre caminho para que o varejo ofereça diversos outros serviços financeiros, como pagamento de boletos e contas, transferências bancárias, abertura de contas digitais, entre outras soluções.

Além de fortalecer o posicionamento da marca perante o mercado, essa estratégia é maus uma maneira de diversificar as fontes de receita oriundas dos serviços financeiros.

Como o varejo pode gerenciar a carteira de crédito dos clientes?

Porém, para que o varejo consiga aproveitar todos esses benefícios e diferenciais que a carteira de crédito oferece, é importante tomar algumas medidas administrativas.

Isso é necessário para garantir a gestão correta desse ativo e evitar contratempos que possam prejudicar as finanças do negócio.

Neste sentido, o varejo pode gerenciar a sua carteira de maneira eficiente aliando tecnologia, análises de dados, políticas de risco bem estruturadas e parcerias estratégicas.

A seguir, listamos 4 dicas que vão te ajudar a fazer esse gerenciamento corretamente. Veja:

Política de crédito estruturada

Tudo começa pela estruturação de uma política de crédito estruturada. De forma resumida, essa política funciona como um conjunto de diretrizes e critérios usados pelas empresas para aceitar ou não uma concessão de crédito aos seus clientes.

A criação dessa ferramenta leva em conta os objetivos do negócio. Ela ajuda na definição do perfil de cliente, com base na renda, histórico de pagamento e comportamento de compra.

Essa política também serve para definir os critérios de concessão, como valor máximo que será financiado por cliente, prazos, taxas e número de parcelas.

Desse modo, se você ainda não tem uma política de crédito definida, é importante criá-la, pois ela fará toda a diferença na gestão da carteira de crédito.

Análise de risco e concessão automatizada

O crédito digital está ditando as regras na bancarização empresarial. E isso faz todo o sentido, pois a tecnologia está se desenvolvendo para entregar soluções cada vez mais seguras e eficientes.

O que isso quer dizer? A utilização da tecnologia para análise de risco e concessão automatizada ajuda a tornar o gerenciamento da carteira de crédito mais eficiente e escalável.

Para tal, você pode usar soluções de Inteligência Artificial (IA) e machine learning combinadas com um motor de crédito, que é uma ferramenta usada para avaliar a real capacidade que um cliente tem para pagar um financiamento.

É possível estabelecer regras parametrizadas no motor de crédito, para que haja uma aprovação de crédito mais precisa e ágil.

Além disso, também é possível integrar o motor de crédito com os bureaus de crédito existentes no mercado, aplicando modelos de score próprios com base nos dados de comportamento de consumo do cliente no varejo.

Essa estratégia de automatização ajuda a reduzir custos, refinar a concessão e prever eventuais inadimplências.

Gestão de cobrança

Para que uma estratégia de concessão de crédito tenha resultado, é essencial que haja eficiência na gestão de cobrança. Isso não é diferente na carteira de crédito.

Por isso, é fundamental que você crie estratégias de cobrança multicanal, com uma abordagem preventiva e corretiva. Uma boa prática é segmentar a régua de cobrança conforme o perfil do cliente e o tempo de atraso no pagamento.

A utilização de soluções de IA, machine learning, plataformas digitais, notificações automáticas e chatbots também contribuem para uma gestão de cobrança mais prática, eficaz e humanizada.

Além disso, é importante citar que essa gestão de cobrança também passa pelo cumprimento das regras de compliance, prevenção à fraudes e normas de proteção de dados.

Portanto, não deixe de incluir práticas robustas de Know Your Customer (KYC) e análise antifraude no processo de concessão de crédito e gestão da carteira.

Monitoramento da carteira de crédito

Por fim, mas não menos importante: de nada adiante você aplicar essas estratégias se não monitorá-las periodicamente. Por isso, é crucial que o varejista faça um monitoramento da carteira de crédito.

Não deixe de acompanhar indicadores chave, como inadimplência, turnover da carteira, provisões e perdas esperadas e a rentabilidade da carteira como um todo.

Caso seja necessário, faça testes para entender o comportamento do perfil do consumidor.

Assim, você conseguirá ajustar as regras e atualizar o modelo de crédito à medida em que novos dados forem surgindo.

Todas essas estratégias são aplicáveis em qualquer segmento do varejo, e ajudam a tornar mais eficiente e segura a gestão da carteira de crédito.

Como a securitização gera mais eficiência na gestão da carteira de crédito?

Mas, não basta apenas saber gerenciar a carteira de crédito. Também é preciso que você, enquanto varejista, saiba como tornar essa gestão mais eficiente.

Afinal, assim como a tecnologia é meio, e não fim, o crédito é solução, e não empecilho. E uma forma de gerar essa eficiência, é por meio da securitização. Veja, abaixo, como isso é possível:

Liberação de capital e aumento da capacidade de crédito

Ao optar pela securitização dos recebíveis da carteira de crédito, como parcelas do crediário loja ou cartão white label, o varejista consegue antecipar fluxos futuros e transferir esses ativos a uma Companhia Securitizadora ou FIDC.

Desse modo, é possível fazer uma antecipação de recebíveis, permitindo que o valor entre de forma imediata no fluxo de caixa da empresa. Além de melhorar a liquidez, esse mecanismo também libera o capital de giro do varejista.

Essa estratégia faz toda a diferença para os varejistas que concedem crédito com capital próprio. Afinal, a “reciclagem” dos recebíveis permite originar novas operações sem a obrigatoriedade de buscar funding adicional no mercado de capitais.

Ampliação do giro da carteira de crédito

A antecipação dos recebíveis por meio da securitização, também permite que o ciclo de capital de crédito acelere.

A ampliação do giro da carteira de crédito possibilita que o varejista utilize o valor antecipado para reinvestir em novas vendas parceladas, fidelizar uma maior base de clientes e aumentar o ticket médio das operações.

Mas, não é só isso. Esse maior giro dos ativos de crédito também gera mais receita financeira em menor tempo, proporciona um melhor retorno sobre os ativos da carteira, e aumenta o poder competitivo do varejo, que pode oferecer crédito com maior flexibilidade.

Acesso a funding mais barato

Uma das principais vantagens que a securitização oferece, é a possibilidade do varejo captar recursos no mercado de capitais.

E essa captação pode ser feita com taxas menores do que as oferecidas pelas instituições financeiras tradicionais.

Isso faz toda a diferença para reduzir o custo financeiro da operação de crédito e elevar a margem da atividade.

Além do mais, a securitização da carteira de recebíveis também permite que o varejista diversifique as fontes de funding.

Essa não dependência dos bancos tradicionais abre portas para a chegada de investidores institucionais dispostos a acompanhar a performance da carteira e aportar recursos na operação.

Isso é especialmente importante caso o varejista deseje utilizar a estrutura de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios para captar esses recursos adicionais.

Afinal, como o FIDC é um condomínio de cotas, fica viável modular o risco de forma mais estratégica como forma de melhorar o retorno do originador.

Quais são as diferenças entre FIDC e Securitizadora?

 

Escalabilidade com menor exposição de risco

Além disso, a securitização da carteira de crédito permite que o varejo consiga ter uma maior escalabilidade com menor exposição de risco.

Ou seja, fica muito mais fácil escalar a operação de crédito sem ter o receio de expor o negócio aos riscos que são inerentes às concessões de empréstimos e financiamentos.

Isso é possível, pois a transferência de parte do risco de crédito para investidores, permite que o varejista aumente o volume de crédito concedido sem precisar comprometer seu balanço financeiro.

Essa estratégia possibilita diversos ganhos estratégicos, pois fica viável crescer o crédito de forma mais agressiva e segura.

Consequentemente, o varejista também pode lançar novos produtos financeiros próprios, como CDC Digital e cartão co-branded com menor risco patrimonial.

Ademais, a securitização também permite modular a exposição ao risco de acordo com a estratégia e o ciclo de vida do negócio.

A soma de todos esses fatores é fundamental para tornar a operação mais escalável e eficiente.

A GIRO.TECH ajuda a gerar mais eficiência na sua carteira de crédito!

Conforme você conferiu nos insights deste artigo, a carteira de crédito é uma ótima estratégia para o varejo aumentar a sua lucratividade e incrementar as receitas financeiras.

Isso ficou mais evidente na última década, graças ao avanço da tecnologia e da popularização da fintechzação. Por meio dela, startups e fintechs passaram a fornecer a infraestrutura necessária para que as empresas não pertencentes ao mercado financeiro pudessem atuar como banco.

A bancarização já é uma realidade cada vez maior no varejo. Portanto, se a sua empresa ainda não participa desse movimento, chegou a hora de você dar o próximo passo. A boa notícia é que você não precisa passar por isso sozinho. A GIRO.TECH está aqui para te ajudá-lo!

Além de fornecer a tecnologia para crédito que simplesmente funciona, e ajudar a bancarizar o seu negócio, nós também prestamos o apoio necessário para você construir sua operação de securitização.

Para isso, nós utilizamos a GTS Securitizadora, a nossa unidade regulada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Por meio dela, nós conseguimos criar uma subsidiária integral da nossa Securitizadora, cumprindo todos os requisitos regulatórios exigidos pela CVM, e proporcionando toda a segurança jurídica à sua empresa.

As emissões de títulos realizadas pela GTS Securitizadora também possibilitam que o seu varejo acesse os recursos necessários para a estruturação de diferentes tipos de operações de crédito.

Além disso, a GIRO.TECH também ajuda o seu negócio na busca por investidores no mercado de capitais, por meio das debêntures emitidas como títulos de investimento.

Desse modo, é possível captar recursos com investidores ou terceiros, uma estratégia essencial para destravar novas fontes de receitas ao seu negócio.

Graças a essa estrutura, o seu varejo conseguirá assumir 100% do controle na carteira de crédito, eliminando a dependência dos bancos e instituições financeiras tradicionais.

Conclusão

Por fim, ao concluir a leitura deste artigo, você conseguiu compreender melhor o que é uma carteira de crédito, e como ela é extremamente importante no contexto atual do varejo.

Afinal ela deixou de ser somente uma ferramenta financeira, e se tornou uma peça central nas estratégias de crescimento, fidelização e rentabilidade.

Não se trata apenas de conceder crédito. Trata-se de construir um ecossistema financeiro próprio, que permita maior controle nos dados do cliente, previsibilidade das receitas e melhor capacidade de expansão com menor exposição a riscos.

Além disso, por meio das soluções de Credit as a Service e securitização dos recebíveis, o varejo pode escalar sua carteira de crédito de forma segura, inteligente, eficiente e sustentável.

Assim, é possível ampliar o acesso ao funding, diversificar as fontes de receitas, e conquistar uma vantagem extremamente competitiva frente ao mercado.

Neste cenário, o varejista que consegue compreender o comportamento do cliente, passa a ter uma ferramenta poderosa em mãos para escalonar e transformar o crédito em resultado.

Afinal, o futuro do varejo é financeiro. E ele começa com uma carteira de crédito eficiente e bem gerida.

E é exatamente nesse ponto que a GIRO.TECH se posiciona como a parceira ideal do varejista que deseja acelerar o seu crescimento.

Além de oferecermos a tecnologia para crédito que simplesmente funciona, nós também fornecemos a infraestrutura e licenças necessárias para que seu varejo tenha margem de banco nas operações de crédito.

Entre em contato com nosso time de especialistas, conheça nossas soluções de bancarização e securitização, e descubra como é possível transformar o seu crédito em resultado!

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