Como funciona uma administradora de cartões?

A administradora de cartões possui uma função importante dentro das operações de cartão private label. Entenda melhor como ela funciona e descubra como gerar mais eficiência em sua atividade!

imagem Como funciona uma administradora de cartões?

A administradora de cartões é uma peça chave dentro da estrutura necessária para rodar uma operação de cartão, seja ele de crédito, débito ou private label.

Segundo dados disponibilizados pelo Banco Central (BC), o ano de 2024 encerrou com, aproximadamente, 235 milhões de cartões de crédito ativos, com um aumento de quase 14% em relação ao final de 2023.

Por outro lado, o cartão de débito reduziu de 162 milhões de cartões ativos no fim de 2023, para 154 milhões em 2024, uma queda de 5%.

Embora o Pix e a transferência bancária sejam as principais modalidades de pagamentos utilizadas no varejo, as transações com cartões ainda são extremamente relevantes.

Além disso, em um cenário no qual o Retail Banking tem se popularizado cada vez mais entre os varejistas brasileiros, é importante que esses players conheçam as estruturas que compõem os diferentes tipos de operações de crédito.

Neste sentido, a administradora de cartões desempenha um papel fundamental no ecossistema financeiro, atuando como intermediária entre os consumidores, os estabelecimentos comerciais e as instituições financeiras.

Com a evolução do varejo e o avanço das soluções de pagamentos digitais, essas empresas se tornaram peças estratégicas, principalmente no contexto de crédito ao consumo.

Para que você conheça melhor como funcionam as administradoras de cartões, e como elas podem auxiliar a estratégia de bancarização no varejo, nós produzimos este conteúdo completo.

Sendo assim, te convidamos a seguir a leitura e acompanhar conosco, pois o conteúdo está repleto de insights que serão muito úteis ao seu negócio!

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O que é e como funciona uma administradora de cartões?

Primeiramente, antes de entendermos melhor como funciona essa estrutura, é sempre importante que você esteja melhor familiarizado com o conceito de administradora de cartões.

Em suma, é a empresa responsável por fazer todo o gerenciamento de uma operação de cartão de crédito, débito ou private label.

Para tal, ela atua como intermediária entre o emissor do cartão, que geralmente são bancos ou fintechs de crédito, o estabelecimento comercial e a bandeira.

Na prática, isso significa que essa empresa faz a administração de todo o processo que envolve uma operação realizada com cartão.

Isso inclui procedimentos como a emissão e entrega do cartão, limite total definido para o cliente e análise de crédito.

Além disso, ela também faz o envio das faturas mensais, cobrança de taxas e juros, atendimento aos clientes, entre outros.

No contexto do varejo, a estrutura utilizada é de uma administradora de cartões private label, criada pelo próprio varejista para gerenciar a sua operação de cartão fora do CNPJ do varejo.

Essa administradora é quem fará o gerenciamento do cartão como meio de pagamento dos clientes.

Ademais, também fica a cargo desta empresa transmitir os dados nas transações financeiras e depositar o valor do crédito na conta do varejista.

Fora do varejo, existem diversas administradoras de cartões de crédito conhecidas.

É o caso do Itaú Unibanco, Santander, Bradesco, Banco do Brasil e Caixa Econômica, além das fintechs como Banco Inter e Nubank.

Todas essas empresas são reguladas e fiscalizadas pelo BC, e precisam seguir as exigências estabelecidas pelo Código de Proteção e Defesa ao Consumidor.

O que faz uma administradora de cartões private label?

Agora que você já entendeu melhor o que é uma administradora de cartões private label, fica mais fácil de compreender o que ela faz na prática.

No contexto do varejo, ela é responsável por gerenciar toda a operação financeira e tecnológica do cartão private label emitido pelo varejista.

Também conhecido como cartão de loja, ele não tem vínculo com as bandeiras tradicionais de cartão.

Justamente por conta disso, a sua utilização é exclusiva no ecossistema da rede que o disponibilizou.

Pelo fato de ser usado de forma exclusiva para compras nesses estabelecimentos, o cartão private label permite que os clientes tenham acesso a condições diferenciadas de pagamentos.

Desse modo, a administradora do cartão private label realiza uma série de funções principais, sendo as mais comuns:

  • Emissão de cartões: responsável por cuidar e personalizar os cartões de loja, conforme os critérios estabelecidos pelo varejista;
  • Processamento das transações: registra, valida e autoriza as compras realizadas com os cartões, para que elas sejam liquidadas corretamente;
  • Gestão de cobrança e inadimplência: faz a emissão das faturas mensais, controla os limites de crédito, faturas e pode cobrar os clientes inadimplentes;
  • Relacionamento com os clientes:  disponibiliza suporte e canais de atendimento, contestação de compras, emissão de segunda via, entre outros;
  • Integração com bandeiras e adquirentes: realiza a integração entre o banco emissor e as redes de pagamento, possibilitando que o cartão funcione em qualquer estabelecimento credenciado;
  • Serviços financeiros adicionais: oferece serviços agregados, como seguros, programas de fidelidade, cashback, descontos e parcelamentos promocionais.

De maneira geral, a administradora de cartões private label fica encarregada por garantir que toda a jornada do cartão ocorra de forma segura e eficiente.

Isso inclui todos os processos e estruturas envolvidas, desde a emissão do cartão private label, até o pagamento da fatura.

O que é um cartão private label bancarizado?

 

Qual a diferença entre administradora de cartões e bandeira de cartões?

Se você chegou até este artigo sobre administradora de cartões, pode ser que tenha se deparado com algum conteúdo sobre bandeira de cartões.

Embora possuam diferenças importantes entre si, essas duas estruturas são complementares.

Isso pode acabar confundindo os varejistas acerca de quem é responsável por administrar e “bandeirar” o cartão.

Na prática, as principais diferenças entre elas estão nas funções que cada uma realiza dentro do ecossistema do varejista.

Conforme mencionamos anteriormente, a administradora é responsável por gerenciar e operar os cartões, fazendo a emissão, cobrança e relacionamento com o cliente e o varejista.

Por outro lado, a bandeira de cartões é responsável por padronizar transações, garantir a sua integração e atuar como uma rede global.

Isso também implica na atuação dessas estruturas. Enquanto a administradora tem foco na gestão da operação do cartão, a bandeira atua como intermediadora entre emissores e adquirentes.

Outra importante diferença entre as estruturas, está no relacionamento com os clientes.

A administradora de cartões mantém contato direto com o consumidor final e o varejista, realizando cobranças e Serviço de Atendimento ao Consumidor (SAC).

Logo, essa empresa pode conceder crédito, gerenciar faturas, parcelamentos, entre outros programas de fidelidade.

Por outro lado, a bandeira de cartões não possui nenhum contato direto com o cliente, pois atua somente nos bastidores da operação, fornecendo a infraestrutura para que o cartão possa ser aceito em diferentes estabelecimentos.

Além disso, a bandeira de cartões está sempre presente nos cartões que possuem ampla aceitação nos estabelecimentos, como Mastercard, Visa, Elo e American Express.

Em resumo, a administradora é quem cuida do cartão, enquanto a bandeira fica responsável por viabilizar a sua utilização em diferentes estabelecimentos.

Qual a diferença entre administradora de cartões e uma processadora de pagamentos?

Além das diferenças para a operadora de cartões, a administradora de cartões também possui algumas particularidades distintas em relação à processadora de pagamentos.

Também chamada de subadquirente, ela é uma empresa ou tecnologia responsável por intermediar as transações financeiras entre compradores e vendedores.

O seu principal objetivo é garantir que os pagamentos sejam autorizados e devidamente liquidados da maneira correta.

Essa já é uma das diferenças entre as estruturas, pois a administradora é responsável por gerenciar a operação do cartão.

A atuação de ambas também é diferente, pois a administradora é voltada para o relacionamento com o cliente final e o varejo, enquanto a processadora opera nos bastidores, apoiando a infraestrutura tecnológica e operacional.

Até por conta disso, a processadora de pagamentos não mantém contato com o cliente final, ao contrário da administradora de cartões, que emite faturas, faz cobranças, oferece crédito e gerencia as inadimplências.

Além do mais, nos casos de cartões bandeirados, a administradora atua em conjunto com a bandeira e a processadora, que por sua vez, faz a comunicação com a bandeira para autorizar e liquidar as transações.

De modo geral, podemos resumir as diferenças entre as duas estruturas da seguinte forma: enquanto a administradora de cartões faz o gerenciamento com o cliente, a processadora de pagamentos fica responsável por fornecer a infraestrutura tecnológica da operação, desde a autorização até a liquidação com a bandeira e a adquirente.

Quais operações de crédito a administradora de cartões pode realizar?

Conforme citamos anteriormente, a administradora de cartões é responsável por gerenciar uma operação de cartão, seja de crédito, débito ou private label.

Neste sentido, qualquer operação de crédito vinculada à utilização desses cartões, pode ser gerenciada por essa empresa.

Essas operações podem envolver tanto o Crédito Direto ao Consumidor (CDC) quanto a intermediação entre emissores, bandeiras e processadoras.

A seguir, listamos 5 exemplos de operações de crédito muito comuns no varejo, e que podem ser geridas pela administradora. Veja:

Crédito rotativo

O crédito rotativo é uma linha de crédito vinculada à utilização do cartão de crédito. Basicamente, ela serve para financiar o valor da fatura que, eventualmente, não seja quitada na data de vencimento.

Ou seja, se o consumidor pagar uma quantia menor do que o total da fatura, o valor em aberto será cobrado, com juros, na fatura seguinte.

Esse saldo é financiado pela própria administradora de cartões, sendo uma das suas principais fontes de receita com crédito.

Parcelamento de fatura

O cliente pode optar pelo parcelamento da fatura em vez de usar o crédito rotativo.

Assim, ele fraciona o valor total em várias prestações fixas, com juros definidos no momento da negociação.

Como a administradora de cartões é a responsável por manter este contato ativo com os clientes, é ela quem faz essa renegociação das dívidas.

Ou seja, fica ao seu cargo a definição das condições para o parcelamento, que incluem o prazo para quitação e a taxa de juros.

Parcelamento de compras 

As vendas parceladas fazem parte do cotidiano das pessoas, sendo uma das principais formas pelas quais o varejo realiza uma venda.

Um levantamento realizado pela Getnet, indicou que entre agosto de 2023 e agosto de 2024, a proporção das compras parceladas no varejo alimentar subiu de 6,2% para 7,4% em valor.

Além disso, algumas redes específicas de supermercados reportaram que as vendas parceladas no cartão private label aumentaram de 56% para 58% do total das vendas feitas no cartão durante o mesmo período observado.

Esse parcelamento de compras também é conhecido como crédito CDC, uma modalidade de financiamento voltada aos clientes.

Os varejistas oferecem o crédito CDC, que permite aos consumidores adquirir bens ou serviços de forma parcelada.

Neste caso, a administradora de cartões pode viabilizar a compra parcelada no cartão private label, assumir o risco do pagamento, e repassar o valor ao varejista.

O mercado conhece essa operação como antecipação de recebíveis, e empresas podem realizá-la por meio da securitização, utilizando a estrutura de uma Securitizadora ou de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC).

Empréstimo pessoal 

O empréstimo pessoal também é uma das operações de crédito mais comuns realizadas pelos varejistas.

Ela é uma modalidade na qual uma pessoa física solicita um valor em dinheiro a uma loja, se comprometendo a devolver esse montante acrescido de juros, em um prazo pré-determinado.

A administradora de cartões também pode oferecer o empréstimo pessoal de forma direta na conta do titular, com débito futuro na fatura do cartão.

Para isso, é considerado o perfil de risco do cliente e o seu histórico de utilização do cartão.

Uma vez que tenha sido aprovado para o empréstimo pessoal, o valor é liberado de forma direta na conta do cliente, ou via crédito no cartão.

Assim, o varejista consegue oferecer linhas de crédito adicionais ao portador do cartão private label, e desvinculá-las da fatura.

Buy Now Pay Later (BNPL)

Por fim, a administradora de cartões também pode ajudar a estruturar operações de crédito realizadas no modelo de Buy Now Pay Later (BNPL).

Essa operação permite que um cliente adquira um serviço ou compre um produto imediatamente, realizando o pagamento em prestações futuras.

É o caso de operações como o boleto parcelado, o Pix parcelado, o crediário loja e o CDC Digital.

Nesta configuração, a administradora pode permitir que o cliente parcele ou pague posteriormente via cartão, seja no modelo private label ou white label.

Todas essas operações aumentam o leque de possibilidades que o varejo pode disponibilizar para seus clientes, e contribuem para o fortalecimento da estratégia de bancarização.

Como escolher uma administradora de cartões para o meu negócio?

Nos últimos anos, a bancarização empresarial tem se consolidado cada vez mais no varejo brasileiro, que vem incluindo a oferta de serviços bancários dentro do seu ecossistema.

Esse movimento tem crescido de forma significativa no Brasil, apoiado principalmente pelos modelos de Embedded Finance e Banking as a Service (BaaS).

Alguns fatores ajudam a explicar esse crescimento, como a instabilidade econômica enfrentada pelo país e a desaceleração do consumo.

Soma-se a eles, o elevado percentual de brasileiros desbancarizados (4,3 milhões, que representam 3% da população adulta do país), segundo um estudo recente realizado pelo Instituto Locomotiva.

Todos esses motivos têm feito com que os varejistas busquem formas de conceder crédito aos seus clientes, especialmente para as classes C e D.

Uma dessas maneiras ocorre por meio do cartão private label. É aí que a administradora de cartões passa a ocupar um lugar central nessa estratégia.

Portanto, se você está considerando investir em um modelo de concessão de crédito no seu ecossistema, é importante que saiba como escolher a melhor administradora para o seu negócio.

Esse processo envolve a análise de alguns fatores estratégicos, operacionais e financeiros.

Eles impactam de forma direta a experiência do cliente e as oportunidades que o seu varejo tem para gerar novas receitas por meio dos serviços financeiros.

A seguir, listamos os principais pontos que você deve considerar ao escolher uma administradora de cartões. Observe:

Modelo de administração

O primeiro fator que você deve levar em consideração, é o modelo de administração disponibilizado pela administradora, se ele é full service ou white label.

Caso seja full service, a empresa ficará responsável por cuidar de toda a jornada, desde a emissão do cartão, processamento, cobrança, análise de crédito e funding para a operação.

Por outro lado, no modelo white label, o cartão levará a marca do seu varejo, porém, a administradora ficará responsável por conduzir a operação nos “bastidores”.

Este modelo oferece mais controle sobre o relacionamento com o cliente, possibilitando que o varejista customize melhor as ofertas.

Capacidade de oferecer soluções integradas

Conforme citamos em outro item, uma administradora de cartões pode realizar diversos tipos de operações de crédito.

Desse modo, é importante que você escolha uma empresa que tenha capacidade de oferecer soluções integradas, como crédito rotativo, parcelamento de fatura e BNPL.

Além disso, também é recomendável que essa empresa consiga trabalhar com o modelo de antecipação de recebíveis, que é fundamental para melhorar seu fluxo de caixa.

Por fim, a administradora deve possibilitar que haja integração com seu sistema de gestão ou ERP, a fim de facilitar o processo de automação.

Condições comerciais

Esse é um dos pontos principais que você deve considerar ao escolher uma administradora de cartões para o seu negócio.

Afinal, se o seu objetivo é gerar novas fontes de receitas e melhorar suas margens de lucro, não há porque escolher um modelo que traga prejuízos ao seu balanço financeiro.

Por isso, é importante verificar quais receitas serão compartilhadas com seu negócio e como elas aparecem no fluxo financeiro.

É comum algumas administradoras oferecerem participação nos lucros sobre os juros cobrados nos parcelamentos, multas por atraso e antecipações realizadas.

Contudo, você deve avaliar qual é o percentual cobrado por transação e quais são os custos das operações de crédito.

Assim, será possível escolher o formato mais adequado e alinhado à sua política de crédito.

Tecnologia e capacidade de customização

A tecnologia e capacidade de customização também são itens que não podem ser ignorados.

Caso o seu objetivo seja oferecer crédito digital, por meio de um cartão private label online, é essencial que a administradora de cartões forneça APIs que possam ser integradas com plataformas digitais.

Além disso, também é importante que a administradora cumpra os requisitos legais de segurança e compliance regulatório, para que a operação esteja em conformidade com as exigências do BC.

Experiência do cliente

Uma das principais atividades realizadas pela administradora de cartões, é o relacionamento com os clientes.

Portanto, é fundamental que a empresa seja capaz de fornecer uma boa experiência para os seus consumidores.

É importante que o cliente consiga consultar facilmente suas faturas, limites de crédito e eventuais benefícios. Ademais, o atendimento ao cliente e o SAC são outros fatores que devem ser considerados.

Todos esses itens são importantes para proporcionar uma jornada sem atrito para os seus clientes.

Escalabilidade

Quando falamos sobre bancarização no varejo, falamos sobre operações de crédito que sejam escaláveis e realizadas de forma recorrente no ecossistema.

Logo, é fundamental que a administradora de cartões tenha estrutura para escalar a operação conforme o seu crescimento.

Além disso, a administradora também deve ser flexível para ajustar os produtos ou expandir o portfólio de soluções disponibilizadas.

Essa visão de crescimento a longo prazo é um item chave para o sucesso da estratégia de bancarização. Por isso, opte por escolher um modelo que evolua junto com seu negócio.

Possibilidade de estruturar uma operação de crédito própria

Por fim, mas não menos importante: caso o seu objetivo seja estruturar uma operação de crédito própria, via Companhia Securitizadora ou FIDC, é crucial que a administradora de cartões consiga apoiar esse movimento.

Isso pode ser feito por meio de APIs e validações legais, que te ajudam a securitizar as carteiras de crédito dos clientes.

Desse modo, por meio da securitização, é possível gerar ainda mais eficiência na gestão do cartão private label. No próximo item, você vai entender melhor sobre isso.

Quais são as diferenças entre FIDC e Securitizadora?

 

Qual é o principal desafio de utilizar uma administradora de cartões private label?

O cartão private label é uma das principais estratégias utilizadas pelo varejo para potencializar suas receitas e fidelizar sua base de clientes.

Em algumas grandes varejistas brasileiras, a operação de crédito próprio, seja crediário ou cartão private label, tem uma penetração superior a 50%.

Além disso, um estudo realizado pela NielsenIQ, descobriu que os lares que utilizam o cartão de loja para compras em supermercados, costumam gastar 20% mais do que aqueles que utilizam outros meios de pagamento.

Esses dados ajudam a reforçar o cartão private label como um instrumento para o aumento do ticket médio nas vendas realizadas pelo varejo, principalmente para quem oferece condições personalizadas e atrativas.

Porém, existe um grande desafio quando esse cartão é operado no modelo tradicionalmente utilizado no mercado, via CNPJ da administradora de cartões.

Em geral, os comércios varejistas pagam mais de 40% em tributos sobre suas receitas de juros quando essas operações são realizadas no balanço da administradora, considerando a incidência de impostos sobre receita e lucro.

Quando a operação de cartão private label é realizada usando o CNPJ da administradora de cartões, esta assume a função de financiamento, sendo tributada como prestadora de serviços.

Embora esse modelo entregue um cenário tributário mais favorável do que quando a operação ocorre no balanço do varejista, toda receita de juros gerada dentro desse ecossistema ainda estará sujeita à incidência de PIS, COFINS E ISS, além do IRPJ e da contribuição social sobre o que virar lucro.

Ou seja, quando o varejista utiliza uma administradora de cartões private label para fazer essa operação “fora” do seu CNPJ, existe uma eficiência tributária menor.

Porém, graças ao auxílio de uma fintech white label, o varejista consegue gerar mais eficiência nesta operação.

A GIRO.TECH ajuda o seu varejo a ter margem de banco!

Para que tenha um melhor enquadramento tributário, o varejista pode optar por bancarizar a sua operação de cartão private label.

E para isso, ele pode contar com o auxílio da GIRO.TECH, que ajuda o seu varejo a ter margem de banco nas operações de crédito!

No modelo que nós estruturamos, a dívida gerada pela compra é vendida a um veículo de securitização, como um FIDC ou Securitizadora.

Esse veículo de securitização assume o papel de financiador da operação e passa a ser o responsável pelos valores pagos pelo consumidor.

Na operação bancarizada, o veículo de securitização repassa ao varejista o valor correspondente à venda, concluindo a transação no âmbito do varejo.

As receitas provenientes de juros são realizadas dentro do FIDC ou Securitizadora.

Essas duas estruturas possuem um enquadramento tributário muito mais adequado, e vantajoso, similar ao de instituições financeiras.

Assim, ao utilizar o nosso Hub de Integração e realizar as receitas de juros através do veículo de securitização, o varejista alcança uma maior eficiência tributária.

Essa otimização ocorre porque as receitas de juros deixam de ser registradas na administradora de cartões, que não foi criada para atividades de financiamento, e portanto, é tributada como uma empresa de serviços.

Por sua vez, os veículos de securitização têm como finalidade o financiamento, operando sob uma legislação específica que os equipara às regras aplicáveis aos bancos.

Desse modo, o varejista paga apenas 15% de imposto sobre a receita de juros, e isso ocorre somente no resgate.

Como funciona a tributação no Cartão Private Label

 

Conclusão

Por fim, ao concluir a leitura deste artigo, você conseguiu conhecer melhor o que é uma administradora de cartões e como ela funciona em uma operação de cartão private label.

Essa empresa é responsável por gerenciar todo o processo que envolve uma operação de cartão, até mesmo as realizadas com cartão de crédito ou co-branded.

Justamente por conta disso, a administradora deixou de ser somente uma intermediadora de pagamentos para se tornar um agente estratégico para o varejo.

Afinal, a ampliação das operações de crédito, aliada à possibilidade da integração de soluções financeiras personalizadas, ajuda a posicionar a administradora de cartões como uma peça-chave para fidelização de clientes e aumento no ticket médio.

Por isso, escolher a administradora ideal vai muito além da análise de taxas e prazos.

É fundamental que o varejista considere o grau de controle sobre a marca, o acesso a dados do consumidor, a flexibilidade para customizar produtos financeiros e a capacidade tecnológica da administradora de evoluir junto com o seu negócio.

Assim, essa parceria pode ser o diferencial competitivo que conecta crédito, consumo e recorrência de maneira inteligente e escalável.

Além disso, se você busca gerar um melhor enquadramento tributário na sua operação de cartão private label, e aproveitar as oportunidades que a bancarização oferece, a GIRO.TECH pode te apoiar nesta missão!

Nós somos uma plataforma de Credit as a Service (CaaS), que fornece a tecnologia para crédito que simplesmente funciona.

Portanto, nós estamos prontos para acelerar o seu crescimento, transformar seu crédito em resultado e permitir que seu varejo tenha margem de banco!

Ficou interessado? Entre em contato com nossos especialistas, conheça as nossas soluções para emissão de Cédula de Crédito Bancário (CCB) e eleve o potencial estratégico do seu varejo!

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