O banco de varejo é uma estrutura que vem ganhando cada vez mais espaço entre os varejistas brasileiros, apoiado, principalmente, no crescente movimento da bancarização.
Além do constante desejo dos varejistas financiarem o seu próprio ecossistema, outras razões explicam o crescimento desses bancos.
Por meio da digitalização dos serviços bancários, do Open Banking e de outras tecnologias emergentes, como a Inteligência Artificial (IA), os varejistas têm conseguido melhorar a sua rentabilidade, ampliando as ofertas de crédito a novos perfis de clientes.
Neste sentido, diversas grandes redes varejistas brasileiras já têm oferecido oEmbedded Lending à sua base de clientes.
É o caso, por exemplo, da Magalu, Riachuelo, Casas Bahia, Lojas Renner e Pernambucanas, conhecidas por oferecer cartão private label e muitos outros serviços financeiros, como conta digital e empréstimo pessoal.
Isso é possível graças àfintechzação do varejo, que permite que as empresas do setor incorporem e integrem produtos de crédito ao seu escopo de atividades.
Sendo assim, não há dúvidas de que o banco de varejo é uma ótima estratégia para incrementar as receitas e trazer mais rentabilidade aos varejistas.
Mas, caso você ainda não esteja totalmente convencido de que esta é a melhor solução ao seu negócio, nós te convidamos a seguir a leitura deste artigo.
Nele, nós apresentamos algumas razões pelas quais você deveria investir nessa estrutura, bem como os melhores caminhos para você criar seu banco de varejo.
Portanto, siga a leitura até o fim e acompanhe este conteúdo conosco!
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Primeiramente, antes de conhecermos os diferenciais que este modelo de negócio oferece, é importante que você se familiarize melhor com o conceito de banco de varejo.
Também conhecido comoRetail Banking, ele é uma instituição financeiracriada pelos varejistas, com o objetivo de oferecer produtos e serviços bancários para pessoas físicas, no caso, os seus clientes.
Ou seja, ele é um banco para consumidores finais, no qual, o varejista tem a oportunidade de ofertar serviços bancários para os seus próprios clientes, criando o seu próprio banco de varejo.
Assim, o varejo consegue assumir as funções que, tradicionalmente, eram realizadas apenas pelas instituições financeiras tradicionais.
Desse modo, os varejistas podem oferecer diversos serviços financeiros e bancários à sua base de clientes, como:
O principal intuito do banco de varejo é desburocratizar a oferta de soluções financeiras aos clientes, tornando mais fácil o acesso ao crédito.
Assim, os varejistas podem ampliar o seu nicho de atuação, diversificando suas fontes de receita.
O Retail Banking passou a ser possível por conta do avanço da tecnologia e das mudanças nas regulamentações financeiras. Desse modo, os varejistas passaram a ser capazes de se tornarem suas próprias instituições financeiras.
Assim, graças aoEmbedded Finance, varejistas dos mais diferentes portes podem oferecer serviços financeiros aos seus clientes, indo além da oferta dos serviços tradicionais de varejo.
Como funciona um banco de varejo?
Agora que você já entendeu melhor o que é o banco de varejo, fica mais fácil de compreender como ele funciona na prática.
Ele é um banco para consumidores finais, possibilitando que o varejista ofereça serviços bancários para os seus próprios clientes.
Neste sentido, o varejista consegue ofertar diferentes serviços de crédito, como o empréstimo pessoal, crediário e cartão private label.
No entanto, também existem varejistas que ofertam conta digital como um serviço secundário para pagamento de contas, como é o caso da MagaluPay.
Ou seja, por meio dessas soluções oferecidas, os clientes e consumidores podem realizar diferentes atividades de crédito.
A principal diferença entre o banco de varejo para o banco tradicional, está no fato de que a controladora deste banco será a própria rede varejista.
Assim, todos os produtos e serviços de crédito desenvolvidos e comercializados pertencem diretamente a esse varejo, e não a um banco tradicional.
Banco de varejo x banco de atacado: quais as diferenças?
Se você realizar buscas na internet por “banco de varejo”, conhecerá um outro termo bastante similar: o banco de atacado.
Embora ambos tenham o conceito de “banco”, existem diferenças significativas entre eles. Para entendermos quais são elas, é importante destacarmos as particularidades que distinguem o atacado e o varejo.
Neste caso, as principais diferenças entre os modelos de negócio são o público-alvo e o volume de venda dos produtos.
Enquanto o atacado tem o foco nas vendas em grande quantidade, especialmente para pessoas jurídicas e revendedores, o varejo é focado na pessoa física, com as vendas feitas em unidades.
Este mesmo modelo de negócio se aplica ao banco de varejo e ao banco de atacado, pois o que difere um ao outro, é justamente o foco.
O de varejo é focado em pessoas físicas, ao passo em que o de atacado, tem como objetivo, atrair pessoas jurídicas e grandes empresas.
Consequentemente, essas diferenças também impactam a oferta de serviços, pois, o banco de atacado costuma oferecer produtos voltados à pessoas jurídicas, como consultoria e financiamento de capital de giro.
Por fim, outra diferença entre as estruturas, é em relação à fonte de lucro. Enquanto os bancos de varejo lucram com os juros e as taxas cobradas sobre os serviços, os de atacado tem como sua principal fonte de lucro, a diferença na margem de juros dos credores e devedores.
Além disso, os bancos varejistas, em geral, possuem processos menos burocráticos, o que contribui para a inclusão financeira de diferentes perfis de consumidor.
Quais são os serviços oferecidos pelos bancos de varejo?
O banco de varejo se mostra como uma excelente oportunidade para os varejistas que buscam realizar umaoperação de crédito com capital próprio.
Desse modo, uma das possibilidades que esse modelo de negócio pode ser utilizado, é por meio do Embedded Lending.
Conhecido como “empréstimos embutidos”, ele é a inclusão de serviços e produtos financeiros ligados à oferta de crédito, na experiência do cliente.
Por conta disso, essa estratégia pode assumir diversas modalidades, como cartões de crédito de marca própria, empréstimos pessoais e financiamento de compras, viacrédito CDC.
Neste sentido, varejistas que realizam operações de crédito com capital próprio, conseguem ter 100% do controle sobre os processos.
Ou seja, eles podem estabelecer suas taxas de juros, termos de empréstimo e demais critérios de elegibilidade.
Assim, é possível customizar os produtos de crédito, para que eles atendam às demandas individuais da base de clientes.
Um exemplo, é a concessão de crédito pessoal. Nesta operação, os varejistas têm a liberdade de permitir que os clientes financiem compras com um maior ticket médio, o que é importante para concretizar essas vendas maiores, que não seriam possíveis de ocorrer de outra maneira.
Essa estratégia de parcelamento de compras de maior valor é muito parecida com outra operação, conhecida comoBuy Now Pay Later (BNPL).
Disponibilizada por diversas redes varejistas, o BNPL possibilita que os clientes paguem “aos poucos” as suas compras, independentemente se elas ocorrerem nas lojas físicas ou nos e-commerce.
Assim, o BNPL se mostra como uma opção interessante de financiamento para os clientes que não são elegíveis para ter um cartão de crédito.
Esses são apenas alguns exemplos de serviços que podem ser oferecidos pelos bancos de varejo, e que contribuem para uma posição de maior destaque para os varejistas, que conseguem expandir suas vendas e aumentar o seu faturamento líquido.
Qual é o papel das fintechs no Retail Banking?
Quando falamos sobre banco de varejo, também é importante ressaltar a participação de um outro agente fundamental na estruturação desse modelo de negócio: asfintechs de crédito.
De modo geral, essas empresas utilizam tecnologia robusta e escalável para oferecer serviços financeiros relacionados a financiamentos e empréstimos, em um ambiente 100% digital.
Graças a essa infraestrutura, as fintechs desburocratizam as operações de crédito, pois elas utilizam algoritmos para realizar aanálise de crédito e avaliar se determinado cliente está elegível ou não para tomar crédito.
Além de melhorar a experiência e a jornada de compra do cliente, as fintechs também têm ajudado a redefinir os caminhos domercado de crédito.
Isso ocorre, pois essas empresas atuam como empresas autônomas, com foco em fornecer serviços financeiros personalizados aos seus clientes.
Mas, não é só isso, afinal, essas empresas também podem funcionar como plataformas de serviços para serem terceirizadas por outras organizações, como é o caso dafintech white label.
A fintech white label é uma empresa de tecnologia financeira que desenvolve soluções prontas, para que outras empresas utilizem esses serviços sob sua marca própria.
Assim, o varejista pode utilizar a infraestrutura disponibilizada pelas fintechs white label, para criar o seu banco de varejo, e posteriormente, oferecer serviços financeiros exclusivos e de maneira independente.
Por que montar o seu próprio banco de varejo?
Quem é varejista sabe que na mesma medida em que este setor é apaixonante, ele também é um tanto quanto melindroso.
Afinal, este segmento precisa superar algumas dificuldades importantes, como é o caso das altas taxas de juros.
Apenas a título de curiosidade, os varejistas brasileiros pagam cerca de 50% do valor da venda em impostos.
Por conta disso, muitos varejistas já têm optado pelasecuritização, uma operação que garante um melhor enquadramento tributário.
Assim, esses varejistas acabam pagando 15% de imposto sobre a receita de juros, somente no resgate.
Essa é apenas uma das razões que tem feito a securitização e o banco de varejo se popularizarem cada vez mais entre o varejo brasileiro.
Porém, eles não são os únicos. Abaixo, listamos 5 motivos pelos quais você deveria considerar bancarizar o seu varejo. Veja:
Novas fontes de receita
Ao criar a sua própria estrutura de Retail Banking, um dos principais benefícios que você proporciona ao seu negócio, é a criação de novas fontes de receita.
No contexto do varejo brasileiro, as vendas parceladas são extremamente relevantes. Em alguns setores, estima-se que entre 50% a 70% das transações com cartão de crédito podem ser parceladas.
Todavia, quando são realizadas utilizando a estrutura de um banco tradicional, elas não geram a eficiência tributária adequada, pois os bancos comerciais cobram o pagamento de juros nessas vendas parceladas.
Ao utilizar o banco de varejo, é possível capturar as taxas de transação sobre os pagamentos, além de obter lucro com aantecipação de recebíveis e os juros de crédito, afinal, esse dinheiro não precisará passar pela intermediação dos grandes bancos.
Logo, o varejo consegue desbloquear essas novas fontes de receitas, a exemplo do que ocorre com a MagaluPay, o braço financeiro da Magalu.
Neste caso, o banco de varejo da Magalu gera novas receitas ao ecossistema da Magalu ao oferecer contas digitais, empréstimos e outras linhas de crédito aos clientes e vendedores.
Diferencial competitivo
Em um segmento tão efêmero quanto o varejo, se destacar positivamente é uma necessidade cada vez mais urgente.
Neste sentido, o banco de varejo se mostra como uma ótima oportunidade para os varejistas oferecerem um importante diferencial competitivo ao mercado.
Ao investir nessa estrutura, é possível acompanhar as constantes transformações que cercam o mercado financeiro. Essa inovação tecnológica faz toda a diferença na experiência dos clientes.
Afinal, ao criar seu banco de varejo, essas empresas conseguem fornecer diversos serviços de crédito, como, por exemplo, pagamentos de boletos, transferências via Pix e empréstimos.
Graças a essa oferta de serviços financeiros, os varejistas conseguem disponibilizar diferentes linhas de crédito sob medida ou outros programas de cashback.
Logo, essa personalização das operações de crédito se torna um importante diferencial para os varejistas que buscam se destacar no mercado.
Desburocratização dos processos
Outra razão pela qual você deve considerar montar o seu banco de varejo, é o fato dessa estrutura ajudar na desburocratização dos processos.
Se você já precisou realizar algum tipo de serviço bancário nas instituições tradicionais, como por exemplo, solicitar um empréstimo, sabe bem como os processos costumam ser muito engessados.
Afinal, os bancos tradicionais não são tão flexíveis para conceder crédito aos clientes. Esse problema pode ser contornado por meio do Retail Banking.
Neste caso, basta que o cliente vá até à loja para solicitar o serviço. Caso ele passe pela análise de crédito e esteja elegível às condições impostas pelo varejista, o dinheiro é retirado no mesmo momento, na própria loja.
A otimização deste processo também é mais uma forma do varejista gerar valor e se destacar no mercado.
Aumento do poder de atração
Ao desburocratizar os processos que envolvem a concessão de crédito, o banco de varejo também ajuda no aumento do poder de atração.
Ou seja, ele possibilita que o varejista atraia um perfil de público diferente, especialmente aquele que não tem condições de solicitar um cartão de crédito para realizar suas compras.
Neste caso, o cliente pode ir até à loja e solicitar a abertura de uma conta digital.
Como as operações bancárias são definidas pelo próprio varejista, é possível definir melhores condições de pagamentos ou empréstimos e financiamentos com menor taxa de juros.
Consequentemente, essa atratividade aumenta tanto as chances do varejista atrair novos clientes, quanto reter os consumidores que já fazem parte da sua carteira de ativos.
Novas oportunidades de crescimento
Por fim, ao criar seu banco de varejo, e oferecer aos clientes soluções deCredit as a Service (CaaS), o varejo consegue explorar novas oportunidades de crescimento em suas operações.
Afinal, com as receitas oriundas das operações de crédito, os varejistas podem investir em suas infraestruturas, expandindo suas lojas e disponibilizando novos produtos e serviços.
Tudo isso contribui para que a empresa venda mais e com qualidade, o que é importante para elevar o negócio a um novo patamar estratégico.
Qual é o futuro dos bancos de varejo?
Segundo um estudo produzido pela Mordor Intelligence, o setor dos bancos varejistas alcançou, aproximadamente, US$ 141,72 bilhões em 2024, e deve crescer a uma taxa composta (CAGR) de 10,70% até atingir US$ 235,60 bilhões em 2029.
Tais números são um indicativo de que os bancos continuam crescendo, pois os consumidores demandam esse tipo de serviço, e o varejista pode oferecer em sua rede de lojas produtos financeiros de banco.
Além disso, esse crescimento está relacionado à transformação digital e à evolução das expectativas dos clientes.
A digitalização dos serviços financeiros continuará acelerada, possibilitando que os varejistas ofereçam serviços cada vez mais personalizados, além de uma experiência aprimorada do usuário.
Além disso, a integração com o open banking, e o consequente compartilhamento de dados entre as instituições, também ajudarão no desenvolvimento de soluções cada vez mais inovadoras.
Neste sentido, o Embedded Finance se mostra como um fator fundamental para o futuro dos bancos de varejo. Afinal, ele permite que os varejistas integrem soluções financeiras ao seu escopo de atividades.
Assim, ao oferecer soluções que vão além do seu core business principal, essas empresas conseguem atender de uma maneira mais eficiente os seus clientes, afinal, ninguém conhece melhor quem é o seu público do que os próprios varejistas.
Com isso, o cenário para os próximos indica que o banco de varejo vai ganhar ainda mais espaço no mercado, contribuindo para a expansão dos serviços varejistas e para a inclusão financeira de quem é desbancarizado.
Portanto, não há dúvidas de que o Retail Banking chegou para ficar. E se você ainda não está alinhado à essa tendência, está mais do que na hora de se abraçar a essa revolução.
A GIRO.TECH apoia a criação do seu banco de varejo!
O futuro da bancarização dos varejistas passa pelo banco de varejo. Porém, essa criação de um banco não é uma tarefa tão simples, afinal, é preciso um investimento em tecnologia, além de uma compreensão profunda do mercado financeiro.
Por isso, se você ficou interessado neste modelo de negócio, e deseja que sua empresa participe dessa tendência, o melhor caminho é contar com o auxílio de um bancarizador regulado pelo Banco Central (BC).
Com a CCB, o varejo consegue conceder crédito e financiar o seu ecossistema utilizando capital próprio, dentro das regras estabelecidas pelo BC.
Embora este processo pareça complicado, ele pode ser otimizado e simplificado com a ajuda de quem é especialista em infraestrutura de crédito, como é o caso daGIRO.TECH. Nós apoiamos a criação do seu banco de varejo!
Com as nossas soluções de securitização e bancarização, qualquer empresa pode criar o seu banco white label, segundo todas as normas e regimentos do mercado financeiro.
Para isso, nós contamos com o auxílio doGT Banker, nosso sistema 100% próprio, e desenvolvido para automatizar todos os processos.
Nós habilitamos sua empresa como nosso correspondente bancário, e por meio das nossas APIs bancárias, você pode elaborar contratos de crédito com sua própria base de clientes.
Todo esse trabalho regulatório e burocrático fica por conta da GIRO.TECH. Assim, o seu negócio poderá continuar focado apenas em seu core business, sem deixar de aproveitar as vantagens que o banco de varejo oferece.
Conclusão
Por fim, ao concluir a leitura deste artigo, você conseguiu compreender melhor o que é o banco de varejo, bem como todos os diferenciais que este modelo de negócio oferece.
Essa estrutura já é uma realidade para diversos varejistas brasileiros, sejam eles de pequeno, médio ou grande porte.
Além de ser um ótimo diferencial competitivo, o Retail Banking também ajuda os varejistas a terem novas fontes de receitas e atingirem uma nova base de clientes.
Portanto, se o seu negócio ainda não faz parte desse movimento, mas você deseja girar o seu varejo na direção certa, a GIRO.TECH pode te apoiar nesta missão!
Nós somos a tecnologia que transforma o crédito em oportunidade, pois fornecemos toda a segurança e a infraestrutura tecnológica e regulatória necessárias para a criação do seu banco de varejo.
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